AR aprova pesar pela morte de Carlos Barroso, secretário-geral da Fundação Mário Soares

por Lusa

Lisboa, 28 mai 2020 (Lusa) -- A Assembleia da República aprovou hoje um voto de pesar, apresentado pelo PS, pela morte de Carlos Barroso, secretário-geral da Fundação Mário Soares, enaltecendo as suas "profundas convicções cívicas", para além de "qualidades éticas, humanas e profissionais assinaláveis".

O voto de pesar foi aprovado por unanimidade na sessão plenária de hoje, com a presença de familiares de Carlos Barroso nas galerias do parlamento, entre os quais o ex-deputado e ex-ministro João Soares.

Nascido em Lisboa em 1951, Carlos Barroso morreu há uma semana, dia 21 de maio, tendo-se dedicado "ao longo das últimas décadas à prática de advocacia".

"A sua forma de ser, discreta vida pública, apenas releva o seu caráter de profundas convicções cívicas e qualidades éticas, humanas e profissionais assinaláveis, testemunhadas por todos aqueles com quem conviveu e com quem trabalhou, dentro e fora do âmbito concreto da Fundação Mário Soares", enaltece.

Carlos Barroso, refere o voto, "foi dedicadíssimo colaborador de Mário Soares, a quem o uniam laços familiares e de profunda amizade e cumplicidade".

"Desde 1996 que exercia a função de secretário-geral da Fundação Mário Soares", assinala.

De acordo com o texto aprovado, "deve-se, em grande medida, à capacidade de Carlos Barroso, a gestão de iniciativas e projetos com impacto social e notório interesse público, que alcançaram diversificados e vastos públicos e audiências", contribuindo ainda para "a afirmação de uma cultura de cidadania e democracia plena".

"À ação de Carlos Barroso, juntamente com Alfredo Caldeira, cabe o trabalho de digitalização e disponibilização gratuita do Arquivo da Fundação Mário Soares, democratizando o acesso a fundos e coleções documentais, iconográficas e de memorabilia histórica diversa, a investigadores e utilizadores de todo o mundo", enaltece.

A Assembleia da República expressa assim "o seu profundo pesar pelo falecimento de Carlos Barroso, endereçando à viúva e filha, assim como à restante família e amigos, à Fundação Mário Soares e ao Partido Socialista as mais sentidas condolências".

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