Foto: Rui Minderico - Lusa
As concentrações de dióxido de enxofre que resultaram do incêndio em Mitrena foram subavaliadas, defende Francisco Ferreira.
Para Francisco Ferreira , é preciso não falhar também a partir de agora, com uma apertada monitorização do impacto do diõxido de enxofre libertado e os efeitos a médio e longo prazo na saúde das populações.
O incêndio que aconteceu na madrugada de terça-feira nos armazéns de enxofre da SAPEC Agro, que só foi considerado extinto na quinta-feira de manhã, provocou ferimentos ligeiros em 20 pessoas, entre as quais 10 bombeiros e quatro crianças.
Em resposta a estas críticas, a Agência Portuguesa do Ambiente contrapõe que a situação foi devidamente acompanhada e monitorizada em termos de qualidade do ar.
A APA acrescenta ainda que o recurso a uma unidade móvel de monitorização de qualidade do ar não teria relevância, já que outras redes de monitorização na zona registaram os valores de dióxido de enxofre.
As medidas necessárias foram postas em marcha, mas a situação agravou-se mais tarde devido à rotação dos ventos, o que levou a que a nuvem de enxofre se dispersasse sobre a Península de Setúbal.
O incêndio que aconteceu na madrugada de terça-feira nos armazéns de enxofre da SAPEC Agro, e que só foi considerado extinto na quinta-feira de manhã, provocou ferimentos ligeiros em 20 pessoas, entre as quais 10 bombeiros e quatro crianças.
A Polícia Marítima está a monitorizar os sapais do rio Sado, em Setúbal, junto à SAPEC. Estão a ser recolhidas amostras de água para análise do eventual impacto após o incêndio na fábrica de adubos.
A autoridade marítima nacional explica, em comunicado, que não foi possível conter a água usada no combate ao fogo. Alguma escorreu para a zona de sapais adjacentes ao rio, arrastando resíduos de enxofre e materiais utilizados para controlar o sinistro.
A Polícia Marítima de Setúbal está a acompanhar a situação.
(notícia alterada às 14h31, com a resposta da Agência Portuguesa do Ambiente)