Bava. "Chegou o momento de tudo esclarecer"

por RTP
“Chegou agora o momento de, com serenidade, aqui no tribunal, tudo esclarecer” Tiago Petinga - Lusa

Zeinal Bava é ouvido esta quarta-feira na fase de instrução da Operação Marquês. “O que tenho a dizer vou dizer ao tribunal”, argumentou o antigo presidente da Portugal Telecom à entrada para o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

“Àqueles que durante anos me achincalharam por causa do infeliz acontecimento no Parlamento, chegou agora o momento de, com serenidade, aqui no tribunal, tudo esclarecer”, disse Zeinal Bava à chegada ao Tribunal de Instrução Criminal em Lisboa. "É isso que pretendo fazer", garante.

“O que tenho a dizer vou dizer ao tribunal”, reforçou o antigo presidente da PT, perante a insistência dos jornalistas. Garantiu apenas que, apesar de ter direito a não falar, veio diretamente de Londres para prestar todos os esclarecimentos a Ivo Rosa, o juiz que conduz a fase de instrução da Operação Marquês.

De acordo com a tese do Ministério Público, Zeinal Bava recebeu 25 milhões de euros entre finais de 2007 e 2011, oriundos de um alegado “saco azul” do GES, Grupo Espírito Santo, de uma sociedade offshore do grupo. Em troca, tomaria decisões que favorecessem o grupo liderado por Ricardo Salgado.

Bava contesta esta leitura da acusação. Garante que o dinheiro apenas lhe foi entregue para o caso da PT ser privatizada e ser necessário comprar ações. Argumentos que já tinha apresentado ao procurador Rosário Teixeira, na fase de inquérito.

Zeinal Bava está acusado de cinco crimes no âmbito da Operação Marquês, entre eles corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e burla qualificada.
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