Bombeiros concordam com criação da unidade de missão

por RTP
Lusa

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais e Associação Nacional Portuguesa dos Bombeiros Voluntários concordam com a recomendação da comissão técnica independente, que analisou os incêndios de outubro de 2017, que prevê a criação de uma unidade de missão para reorganizar os corpos de bombeiros.

A Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários “lamenta que as conclusões" da comissão técnica independente transmitam para situações para as quais têm vindo a “alertar a demasiado tempo, sem que da parte da tutela e dos sucessivos governos, se tenha obtido a necessária sensibilidade e vontade de alterar as situações que contribuíram para que acontecessem as tragédias de 2017”.

Em comunicado enviado às redações, a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários revela que já solicitou “com caracter de urgência” uma reunião com o ministro da Administração Interna.

“Estamos esperançados em contribuir para uma mudança que se deseja, salvaguardando os legítimos anseios dos bombeiros voluntários e das populações que servimos”, remata a nota.

Já a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) defendem “que esta unidade de missão deverá promover uma maior profissionalização para o setor, no geral, e para os bombeiros em particular (com uma maior aposta na Força Especial de Bombeiros, a par dos bombeiros profissionais das Associações Humanitárias, municipais e sapadores) e uma maior mobilização dos meios, e uma maior interligação da prevenção com o combate”. “O investimento deverá ser feito nas duas vertentes, em paralelo, para que se possam evitar tragédias como as verificadas junho e outubro de 2017, no território nacional”.

“ANBP/SNBP consideram que, não descurando a prevenção, o combate deve ser reestruturado e a sua importância relevada, para que o combate possa contornar as falhas evidenciadas na prevenção. Neste sentido, o Estado deve garantir meios aéreos próprios ou o seu aluguer atempadamente, bem como assegurar a sua operacionalidade durante todo o ano, sem o “espartilhamento” das fases em que nos dias de hoje se organiza o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios”, lê-se num comunicado envido às redações.

As duas instituições (ANBP e SNBP), “não prescindem de ser ouvidos sobre estas matérias como legítimos representantes dos bombeiros profissionais e como legítimos representantes do setor”.
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