Borba. Buscas com submarino com controlo remoto da Marinha

por RTP
Trabalhos continuam esta manhã na pedreira Hugo Melo - RTP

Retomadas esta manhã as operações de busca na pedreira atingida pelo deslizamento de terras e pelo colapso do troço da estrada que liga Borba a Vila Viçosa. Vai ser utilizado um submarino com controlo remoto da Marinha. Um equipamento normalmente utilizado no mar, rios e albufeiras que tem como principal função encontrar minas que estejam fundeadas.

Esta manhã, aos jornalistas, responsáveis do Comando Distrital de Operação de Socorro (CDOS) de Évora, afirmaram que a drenagem de água das pedreiras continuou a ser feita durante a noite. Esta manhã serão realizadas operações de buscas.

Para isso está prevista a utilização de um equipamento da Marinha. "A Marinha vai enviar uma equipa com seis elementos - dois oficiais, um sargento e três praças mergulhadores - e equipamento. O equipamento será um veículo submarino com controlo remoto e algum equipamento de mergulho", disse à agência Lusa o comandante Fernando Fonseca, porta-voz da Marinha.

Trata-se de um submarino com controlo remoto que é normalmente utilizado no mar, rios e algumas albufeiras e tem como principal função descobrir minas que estejam fundeadas.

No entanto, de acordo com o porta-voz da Marinha, a utilização deste equipamento numa zona tão confinada é complicada, uma vez que este necessita de "algum espaço para poder ganhar as referências no seu sistema de navegação".

"O facto de ser uma zona tão confinada poderá não ser possível o equipamento estabilizar. Se tiverem sucesso em fazer o alinhamento do sistema de navegação, vão tentar que o sonar, que faz a busca pela projeção do som dentro de água, possa detetar as viaturas e passar a informação", disse o porta-voz.

O deslizamento de um grande volume de terra na estrada 255, que provocou "a deslocação de uma quantidade muito significativa de rochas, de blocos de mármore e de terra" para o interior de pedreiras contíguas, ocorreu às 15:45 de segunda-feira.

O acidente, de acordo com a Proteção Civil, provocou, pelo menos, dois mortos. Mas há três pessoas desaparecidas, pelo que o número de vítimas mortais deve aumentar.

Em relação a este acidente, o Ministério Público instaurou "um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência", avançou a Procuradoria-geral da República.

O Governo pediu na quarta-feira uma inspeção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba.

C/ Lusa

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