Cáritas recolheu 2,1 milhões para vítimas do incêndio

por Lusa
Caritas Portuguesa

A Cáritas Portuguesa anunciou hoje que angariou 2,1 milhões de euros durante a campanha de solidariedade que se seguiu ao incêndio de Pedrógão Grande, em junho do ano passado.

Numa nota, a Cáritas referiu ter angariado 2.112.933,36 euros com a campanha iniciada em 17 de junho de 2017.

"A resposta dos portugueses a estes trágicos acontecimentos, que afetaram de forma particular a região centro do país, foi marcadamente genuína e espontânea, sem deixar margem para dúvidas sobre a sua capacidade individual e coletiva de estar ao lado dos que passam por momentos de sofrimento", salientou a organização, que mostra também "imensa gratidão" a quem contribuiu.

O incêndio que deflagrou há um ano, em 17 de junho, em Pedrógão Grande e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

Mais de dois terços das vítimas mortais (47 pessoas) seguiam em viaturas, no dia 17 de junho de 2017, e ficaram cercadas pelas chamas na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos ou em acessos a esta via.

Extintas passada uma semana (24 de junho), as chamas vieram, em 20 de junho, a juntar-se às do fogo que, cerca de dez minutos depois do início do incêndio no concelho de Pedrógão Grande (em Escalos Fundeiros), no interior norte do distrito de Leiria, eclodiu no município de Góis (distrito de Coimbra), em Fonte Limpa.

Cerca de 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta, sobretudo dos municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, de Góis, Penela e Pampilhosa da Serra (Coimbra) e da Sertã (Castelo Branco), mas também de Alvaiázere e Ansião (Leiria), de Arganil (Coimbra) e de Oleiros (Castelo Branco), foram atingidos por estes fogos.

Um ano depois, em 08 de junho de 2018, estavam concluídas as obras de reabilitação e/ou reconstrução de 157 daquelas 261 habitações, nos distritos de Leiria, de Coimbra e de Castelo Branco.

Das reconstruções concluídas, a Cáritas diocesana de Coimbra financiou a recuperação de 34 casas. Outras 96 foram financiadas pelo Fundo Revita (entretanto constituído, pelo Governo, para gerir os donativos para as vítimas dos incêndios), enquanto 48 tiveram apoio através da União das Misericórdias Portuguesas e da Fundação Calouste Gulbenkian, que reuniram contributos de milhares de cidadãos e entidades diversas.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assumiu a recuperação de cinco casas, a SIC Esperança 21, as seguradoras 34, a Cruz Vermelha Portuguesa cinco e a Mota Engil também cinco, a que se junta uma dezena de reconstruções custeadas por particulares e empresas.

Tópicos
pub