Carris e EMEL para já continuam separadas

por RTP
Hugo Correia - Reuters

A Câmara Municipal de Lisboa comunicou na terça-feira, dia 5 de junho, que “está a ser equacionada” a possibilidade de fusão entre a Carris e EMEL. No entanto, considera que não é o momento adequado.

A discussão da união das empresas foi lançada pelo Bloco de Esquerda (BE) na Assembleia Municipal de Lisboa. O partido propõe "a reorganização do setor empresarial local do município de Lisboa na área da mobilidade, promovendo, designadamente, a fusão da Carris com a EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa)".

João Paulo Saraiva, vereador das Finanças, afirmou, segundo a agência Lusa, que esta “é uma questão que está a ser equacionada", mas o momento seria “desapropriado" e “completamente desajustado”, uma vez que a Carris “estava em fase de ser aniquilada” e encontra-se agora numa “fase de crescimento exponencial”.

O autarca não descarta, no entanto, a hipótese de unir a Carris e a EMEL e afirma que se irá discutir a junção das empresas ou a criação de uma holding, depois de se conseguir “estabilizar” a situação da Carris.

Maioria dos partidos é contra


O BE foi o único partido a votar a favor deste documento. PCP, Os Verdes, PS, PSD e deputados independentes rejeitaram a proposta do BE e o CDS-PP, PPM, PAN e MPT abstiveram-se. António Prôa, deputado do PSD, argumenta que este é um "assunto que merece outra atenção e outra responsabilidade que não uma mera recomendação".

Rui Costa, deputado bloquista, responde às críticas argumentando que "não há necessidade de haver duas empresas para gerir a mobilidade em Lisboa” e que "é tempo de racionalizar e integrar políticas e a gestão da mobilidade da cidade".

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