Foto: Arlinda Brandão - Antena 1
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) considera que há índicios de prática do crime de desobediência por parte da empresa que explora o aterro de Zambujal de Cima, Sesimbra. E deu conhecimento do processo ao Ministério Público. É o que avança por escrito à Antena 1.
Acrescenta que, não tendo estas ordenações sido acatadas, segue com o caso para a justiça, por crime de desobediência.
A rádio pública também contactou a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, que confirma os incumprimentos graves por parte da empresa "Greenall Life - Reciclagem, Aterro e Ambiente, Lda.", existindo crime de poluição. Há processos de contraordenação a correrem.
A situação já tinha sido remetida para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Sesimbra, que a passou para a Polícia Judiciária de Setúbal.
A Antena 1 contactou a empresa Greenall Life, que não deu qualquer resposta até ao momento. Esta empresa é acusada de despejar lixo de forma ilegal a céu aberto, às portas do Parque Natural da Arrábida.
O aterro fica a poucos quilómetros do Ribeiro do Cavalo, com uma das praias selvagens que atrai todos os anos centenas de turistas no verão. Os moradores queixam-se há meses do cheiro e do fumo intenso.
Foi a partir de um incêndio no local, em agosto do ano passado que a situação se agravou. A Câmara Municipal de Sesimbra e a Junta de Freguesia do Castelo começaram a receber mais queixas dos moradores.
A Antena 1 foi ao local, numa altura de muito vento, em que não se sentia o mau cheiro, mas havia fumo a sair do aterro. E foi lá que ouviu as queixas da população.