Cavaco Silva reafirmou que só pensará numa eventual candidatura à Presidência da República no Verão do próximo ano, numa reacção ao desafio lançado pelo líder do PSD para que avançasse para Belém.
"Qualquer decisão que possa vir a tomar no futuro, asseguro que nunca será por razões partidárias, mas por razões nacionais", afirmou o antigo primeiro-ministro em declarações à Agência Lusa em Madrid, recordando que já anteriormente tinha afirmado que poderá pensar na questão das presidenciais no Verão de 2005.
"Tenho dito e redito que estou afastado da vida partidária activa e considero que a vida partidária portuguesa está hoje muito, muito pouco estimulante", acrescentou o antigo primeiro-ministro e ex- líder do PSD.
Ressalvando não estar suficientemente informado sobre o que se disse sexta-feira no Congresso do PSD, que decorre em Barcelos, uma vez que participa na Assembleia Geral do Club de Madrid, Cavaco adiantou que não faz parte dos seus propósitos actuais voltar à vida política activa.
"Têm feito muitas observações sobre a minha pessoa. Habituei-me a prestar muito pouca atenção a essas declarações", sublinhou.
O líder do PSD, Pedro Santana Lopes, desafiou sexta-feira Cavaco Silva a candidatar-se às eleições presidenciais de 2006, considerando que o ex-primeiro-ministro é quem está em melhores condições para vencer a corrida à sucessão de Jorge Sampaio.
"Faremos tudo para quem está melhor colocado possa ser o candidato presidencial. E essa pessoa é o professor Aníbal Cavaco Silva", disse Santana Lopes, no discurso de abertura do XXVI Congresso do PSD, que começou sexta-feira em Barcelos.
