Comandante da Escola Naval avisa que "abusos não são tolerados, muito menos autorizados"

por Lusa

O comandante da Escola Naval advertiu hoje que "abusos não são tolerados, muito menos autorizados" e eventuais casos detetados são "exemplarmente punidos", exortando a todos os que tenham conhecimento de eventuais suspeitas que contactem diretamente esta instituição.

"De facto, os abusos não são tolerados, muito menos autorizados pelo comando da Escola Naval e todos os que são detetados são exemplarmente punidos", declarou o contra-almirante Mário Simões Marques que falava na cerimónia de Compromisso de Honra, realizada hoje neste estabelecimento de ensino superior público universitário militar da Marinha, localizado em Almada (distrito de Setúbal).

Esta cerimónia, que contou com a presença de vários familiares e colegas, bem como professores, marcou a passagem dos mais recentes 48 alunos do curso "Capitão-de-mar-e-guerra Saturnino Monteiro", a cadetes efetivos.

As declarações do comandante surgem depois de esta semana terem sido conhecidos relatos de alegados abusos físicos e psicológicos entre cadetes da Escola Naval, sobre os quais a Marinha já abriu um processo interno de diligências.

Aos jornalistas, à margem da cerimónia, a porta-voz da Marinha, comandante Nádia Rijo, adiantou que "à data de hoje foram já feitas algumas diligências, nomeadamente revistas de corpo" e já foram feitos inquéritos individuais a todos os cadetes, que têm tido "acompanhamento psicológico".

"À data ainda não existe matéria que corrobore qualquer situação menos normal daquilo que tem sido o percurso destes cadetes alunos, que hoje se tornaram cadetes da Escola Naval", adiantou.

A porta-voz acrescentou ainda que "tal como foi dito pelo comandante da Escola Naval, a Marinha, a Escola Naval, não admite nem vai admitir qualquer circunstância que atente contra os valores e princípios desta instituição", sendo "totalmente inadmissível que tais praticas possam ocorrer".

"Naturalmente, se houver indícios que alguma situação destas possa ocorrer, será atuado em conformidade", vincou.

Tópicos
pub