A história desta licenciatura suspeita começa a 2 de dezembro de 2009, fora de qualquer período normal para finalização de um curso universitário. Rui Esteves terminou a licenciatura em Proteção Civil na Escola Superior Agrária de Castelo Branco mas só fez duas das 36 cadeiras do curso.
Em 2011, Rui Esteves volta a obter novo certificado de habilitações. Desta vez, já tinha frequentado quatro das 36 cadeiras do curso.
O comandante nacional operacional da Proteção Civil obteve equivalência a disciplinas como matemática, estatística e química sem nunca ter frequentado uma aula.
A equipa do Sexta às 9 foi a primeira a consultar as 30 páginas deste processo e verificou que nele não consta qualquer comprovativo da alegada "experiência profissional que fundamentou as equivalências a 90 por cento da licenciatura".
Das 30 páginas que fazem parte do processo, 14 são referentes às creditações. É mais um dado que fragiliza a posição já difícil de Rui Esteves como comandante Nacional da Proteção Civil.
Processo disciplinar pode levar ao despedimento
Pela atual lei, o comandante nacional operacional da Proteção Civil não pode ocupar o cargo sem ter licenciatura.
Na semana passada, na sequência da investigação do Sexta às 9 que detectou que Rui Esteves está ilegal no cargo desde que foi nomeado por ter sido em simultâneo diretor do Aeródromo de Castelo Branco, a ministra da administração interna exigiu-lhe que se demitisse.
Rui Esteves recusou e é agora alvo de um processo disciplinar que pode levar ao despedimento.
Toda a história para ver amanhã no programa Sexta às 9 na RTP1.