Comunicado da Força Aérea constata lentidão de respostas

por RTP
José Coelho, Lusa

A Força Aérea Portuguesa emitiu um comunicado inventariando, por ordem cronológica, as acções que desenvolveu em busca do helicóptero do INEM. No comunicado transparece o défice de respostas da Protecção Civil e o desconhecimento dos factos pela GNR local.

Segundo o comunicado, a primeira informação recebida pela Força Aérea sobre o desaparecimento do helicóptero proveio da NAV, às 19h40 de sábado. No imediato seguimento dessa informação, o "Centro de Busca e Salvamento de Lisboa (RCC Lisboa), da Força Aérea, contatou então a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) que informou não ser conhecedora de qualquer ocorrência".

Logo a seguir, o mesmo RCC contactou a GNR de Baltar, igualmente ignorante de qualquer ocorrência. Depois foi a vez da GNR de Massarelos, que não atendeu o telefone. Depois, foi ainda o Comando Territorial da GNR do Porto, igualmente desconhecedor do desaparecimento da aeronave, embora tendo recebido o telefonema de "um popular" que dizia ter ouvido "um barulho estranho”.

Às 20h14, pouco mais de meia hora depois da comunicação da NAV, a Força Aérea alterou o estado de prontidão na Base Aérea do Montijo, na previsão de vir a ser necessária uma intervenção urgente.

Às 20h26, registou-se enfim uma iniciativa da Protecção Civil, comunicando à Força Aérea um estrondo que alguém testemunhara entre a Serra de Pias e a Serra de Santa Justa. Contactada a pessoa que dera a informação, confirmou-se a localização referida.

Onze minutos depois entrava em acção um helicóptero da Base Aérea N.º6 (Montijo), com a correspondente notificação à Protecção Civil. O relato prossegue, dando depois conta das difíceis condições meteorológicas e da interrupção que ela determinou nas operações de busca.

Já na madrugada de domingo, às 1h29, foram detectados os destroços do helicóptero do INEM.
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