A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, afirma que o surto está em progressão dentro da "dinâmica" normal e que, entre 117 casos referenciados, foram já confirmados mais de 40.
A origem do surto será um cidadão habitante em França, mas a investigação ainda decorre e a suspeita poderá não se confirmar, alerta Graça Freitas.
Ontem, confirmou-se um caso no Hospital de Coimbra, relacionado com um episódio de urgência de uma utente de Pombal.
Também no Hospital de Braga está referenciado, mas ainda não confirmado, o caso de uma médica que viajou de avião para o Algarve.
Os profissionais de Saúde do hospital de Braga vão ser vacinados.
Os passageiros do avião em que viajou a médica estão a ser contatados para se saber se têm a vacina em dia.
A Direção Geral de Saúde e o Presidente da República apelam à vacinação.
Esta segunda-feira, pelas 10h30, serão atualizados os dados referentes ao Surto de sarampo na Região Norte, numa conferência de imprensa na sede desta ARS.
A conferência contará com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas e do Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Fernando Almeida.
Menos de dois anos depois de Portugal ser reconhecido oficialmente como estando livre de sarampo, o país depara-se com o terceiro surto da doença no espaço de um ano, depois de dois surtos simultâneos em 2017, que infetaram quase 30 pessoas e levaram à morte de uma jovem de 17 anos.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus e é das infeções virais mais contagiosas.
Manifesta-se pelo aparecimento de pequenos pontos brancos na mucosa oral cerca de um ou dois dias antes de surgirem erupções cutâneas, que inicialmente surgem no rosto.
A doença tem habitualmente uma evolução benigna, mas pode desencadear complicações como otite média, pneumonia, convulsões febris e encefalites. Pode ser grave e até levar à morte.
A vacinação é a principal medida de proteção contra o sarampo e neste caso até é gratuita e está incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV).
Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.
C/Lusa