A consolidação do perímetro afetado pelo incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, vai demorar, "provavelmente," alguns dias, afirmou hoje o comandante operacional.
"A extensão é muito grande, [é um] incêndio com uma dimensão muito grande e consolidar o perímetro vai levar alguns dias, provavelmente", sendo que "todo o efetivo" mantém-se no terreno, disse à agência Lusa o comandante operacional, António Ribeiro, que substituiu ao final da tarde de hoje Vítor Vaz Pinto no comando das operações.
Segundo António Ribeiro, "o incêndio está dominado e vai continuar", caso se mantenham as condições que se registam, neste momento, no terreno: "entrada de humidade e baixa de temperatura".
As forças no terreno estão apenas a proceder "à contenção de pequenos reacendimentos que surgem para a consolidação de rescaldos", referiu o comandante operacional, não querendo fazer qualquer previsão de quando é que o incêndio pode ser declarado como extinto.
Alguns dos reacendimentos que surgem têm "alguma importância", mas o efetivo tem conseguido debelá-los "com alguma facilidade", esclareceu.
De acordo com o comandante operacional, há ainda muitas bolsas de "20, 30, 50 hectares" de vegetação que não ardeu num perímetro de cerca de 153 quilómetros, sendo que há sempre a probabilidade de surgirem mais reacendimentos.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e foi dado como dominado na tarde de hoje provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.
O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 30.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.