Uma semana depois de colocar Ovas sob cerco sanitário, o presidente da autarquia, Salvador Malheiro, fez no Telejornal um balanço da medida.
Salvador Malheiro acrescenta que a realidade está a dar razão aos primeiros receios, de que que "a contaminação no município de Ovar era comunitária".
"Estamos a sentir hoje um incremento diário do número de casos confirmados". O autarca adiantou esse número, 114 esta quarta-feira.
"Mas estamos à espera de muitos testes, ainda, por isso é natural que nos próximos dias o número aumente ainda bastante", refere Malheiro, acrescentando que só na noite anterior três casos graves deram entrada no hospital de Ovar.
Dois deles são jovens, que "deram entrada muito descompensados" e que foram encaminhados para os cuidados intensivos.
Todos têm estado a responder bem aos cuidados.
A situação em Ovar está a ficar "muito, muito problemática" e Salvador malheiro deixa um apelo "aos nosso governantes, que possam ter uma discriminação positiva para connosco", na realização de testes e nos meios médicos para o município.
"Sentimos que, para podermos começar a controlar a situação, temos de ter um número muito maior de testes, para a partir daí implementar a estratégia adequada".
Quanto à situação hospitalar, o autarca diz que "precisamos de mais médicos, mais enfermeiros, mais auxiliares" para acompanhar a população infetada.
O autarca agradeceu "do coração", às dezenas de voluntários que se apresentaram para ajudar, o que irá permitir "antecipar situações e reduzir o risco" de o estado de saúde dos infetados se agravar substancialmente.