Covid-19. Especialistas e políticos reúnem-se pela sétima vez para analisar a pandemia

por Mário Aleixo - RTP
Políticos e especialistas da saúde voltam a avaliar o atual estado da pandemia em Portugal Lusa

Especialistas, políticos e parceiros sociais reúnem-se esta quinta-feira, pela sétima vez, no Infarmed, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, na véspera de o Conselho de Ministros decidir em relação à terceira fase de desconfinamento.

A sessão de apresentação sobre a “situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal" é uma iniciativa do primeiro-ministro, António Costa, a que se junta o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, bem como líderes dos partidos políticos com assento parlamentar, confederações patronais e estruturas sindicais e ainda os conselheiros de Estado - estes últimos por videoconferência - para ouvir os especialistas.

Esta é a sétima reunião deste género, na qual serão apresentados e analisados os dados relativos às primeiras duas fases de desconfinamento, um dia antes do Conselho de Ministros se reunir para decidir sobre a terceira fase de reabertura, prevista para dia 1 de junho.

De acordo com informação da agenda da Presidência da República, as apresentações técnicas desta sessão serão efetuadas por epidemiologistas da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).

No final da reunião, as declarações aos jornalistas estão habitualmente a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa, seguindo-se os representantes dos partidos.
Abertura cautelosa
No final da sexta reunião, em 14 de maio, o Presidente da República afirmou que Portugal tem registado um "desconfinamento muito contido", que não permite ainda "conclusões firmes" sobre a reabertura gradual de atividades e estabelecimentos encerrados devido à Covid-19.

"O desconfinamento em Portugal, começado a partir do dia 3 de maio, foi um desconfinamento muito contido. Os portugueses foram sensíveis àquilo que lhes foi pedido de fazerem a abertura por pequenos passos, portanto, a grande maioria continuou a ser muito contida. O que quer dizer que não temos muitos dados que permitam retirar conclusões firmes", declarou então Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

O chefe de Estado considerou então fundamental que continue a sintonia “entre quem tem de decidir e os portugueses”, cujo comportamento vai determinar o equilíbrio entre a abertura e o controlo da pandemia.

No dia seguinte, no final do Conselho de Ministros durante o qual foram aprovadas as medidas de reabertura da segunda fase de desconfinamento (que se iniciou no dia 18), o primeiro-ministro afirmou que os resultados das primeiras medidas de desconfinamento, tomadas 15 dias antes, foram positivos no combate à propagação da covid-19, não havendo razão para adiar um novo passo na reabertura de atividades.

Segundo o primeiro-ministro, perante os dados conhecidos até então sobre a evolução da pandemia em Portugal, o Governo concluiu que as primeiras medidas de desconfinamento que entraram em vigor no início de maio não alteraram “a tendência de controlo" da propagação do novo coronavírus.
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