Covid-19. Incidência elevada mas com tendência para baixar

por Lusa

A covid-19 em Portugal tem uma incidência elevada, embora com tendência decrescente, e a mortalidade associada à doença tende igualmente a diminuir, mantendo-se abaixo do limiar europeu, refere hoje o relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica.

O relatório, elaborado por técnicos da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, continua a recomendar a manutenção das medidas de proteção individual (como o uso de máscaras), a vacinação de reforço e a "comunicação frequente destas medidas à população".

Segundo o documento, que data de quarta-feira e é divulgado semanalmente todas as sextas, a incidência baixou numa semana de muito elevada para elevada, com o número de novos casos por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, a situar-se nos 207 casos.

Apesar de elevada, a incidência da covid-19 apresenta uma tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões.

O índice de transmissibilidade (Rt) continua inferior a 1 em todo o país - com exceção da Região Autónoma dos Açores (que subiu de 0,88 para 1) - indicando uma tendência de diminuição de novas infeções.

A mortalidade específica por covid-19 situa-se nos 13,7 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, com uma tendência decrescente, mas está associada em parte a um excesso de mortalidade por todas as causas face aos valores esperados para a época do ano.

O índice de mortos continua, no entanto, inferior pela segunda semana consecutiva ao limiar europeu (que é 20 óbitos por um milhão de habitantes).

O relatório revela que o número de internamentos hospitalares em unidades de cuidados intensivos no território continental tende a estar estável, "correspondendo a 18,8% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas".

O rácio entre o número de pessoas internadas e infetadas continua a ser 0,20, "indicando uma menor gravidade da infeção, à semelhança do observado desde o início de 2022".

A linhagem BA.5 da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 (que causa a covid-19) continua a ser "claramente dominante" em Portugal, apresentando "uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações [genéticas] adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária".

A percentagem de testes positivos para o SARS-CoV-2 observada entre 26 de julho e 01 de agosto foi de 21,4%, com tendência decrescente. Realizaram-se 95.387 testes, menos 12.129 face à semana precedente.

Entre 03 de março de 2020 e 01 de agosto de 2022, Portugal totalizou 5.348.883 casos de infeção, dos quais 345.569 são suspeitos de ser reinfeções.

A covid-19 é uma doença respiratória que se tornou numa pandemia em 11 de março de 2020, depois de o SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019 na China, se ter disseminado rapidamente pelo mundo.

Em Portugal, os dois primeiros casos foram confirmados em 02 de março de 2020.

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