Covid-19. Prorrogada situação de alerta até final de novembro

por RTP

Com o agravamento da pandemia em Portugal e na Europa, o Conselho de Ministros decidiu prorrogar a situação de alerta e as medidas a ela associadas até 30 de novembro.

Portugal continental está em situação de alerta desde o dia 01 de outubro, que terminava no domingo. A situação de alerta é o nível de resposta a situações de catástrofe mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil.

A ministra da Saúde sublinha que apesar de Portugal ter 85,9 por cento da população totalmente vacinada, o vírus continua a circular e "a situação epidemiológica no país ao longo da última semana conheceu um agravamento", que acompanha a situação europeia.

De acordo com a última análise de risco, Marta Temido diz que Portugal se encontra num “risco moderado a reduzido”. A incidência está abaixo do patamar de risco reduzido, mas o risco de transmissibilidade, ou R(t), está acima do patamar de referência, isto é, acima de 1.

A ministra da Saúde refere-se a “alguns sinais de preocupação” na proporção de positividade, que passou de 1,6 para 2,2 atualmente.
Marta Temido destaca ainda alguns “fatores de contexto preocupantes”, entre eles, a situação europeia, as temperaturas baixas que se avizinham, a circulação de vírus respiratórios e a maior tendência de concentração em espaços menos arejados.

"Como tal, o nosso estado de alerta tem de manter-se", afirma Marta Temido. "O vírus continua a circular e embora causando doença menos grave e consequências fatais em número menos significativo, a uma maior circulação do vírus tende a corresponder um maior número de casos da doença", explica Temido.

A ministra da Saúde anunciou ainda que já está disponivel o auto-agendamento da terceira dose da vacina contra a Covid-19 para maiores de 80 anos. "As pessoas que optem por não se auto-agendar receberão, ao longo das próximas semanas, mensagem como convite para a vacinação", explica Marta Temido.
Portugal pode chegar aos 1300 casos diários a 7 de novembro
As estimativas do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) apontam para que Portugal possa chegar aos 1300 casos confirmados diários no dia 7 de novembro, se se mantiver o R(t) ao nível atual, ou seja, em 1,08, anunciou Marta Temido.

“Este é o número que podemos colocar no horizonte se nada se inverter”, diz a ministra da Saúde, sublinhando, no entanto, “que do início do verão para cá já tivemos fases de crescimento e depois entramos novamente numa fase de decréscimo e conseguimos manter-nos a um nível de transmissão controlada”.
“É isso que esperamos fazer desta vez”, diz Temido, apesar de reconhecer que estamos perante um “contexto que não é tão favorável como o contexto das temperaturas e arejamento que é coincidente com os meses de verão”.

A ministra da Saúde apela, por isso, à responsabilidade coletiva e individual.
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