DGS confirma 21 casos de sarampo na região norte

por RTP
Reuters

O número de casos de sarampo na zona norte do país aumentou para 21. Desde o início do surto houve 51 casos suspeitos. A maioria dos infetados trabalha no Hospital de Santo António, no Porto.

"Até às 19h00 do dia 15 de março de 2018 foram reportados, na Região Norte, 51 casos suspeitos de sarampo dos quais 45 têm ligação laboral ao Hospital de Santo António, no Porto. Dos 51 casos reportados, 21 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e nove foram infirmados; os restantes casos aguardam resultado laboratorial", lê-se num comunicado da DGS, que na quarta-feira declarou a existência de um surto da doença em Portugal. Este novo surto vem no seguimento de um outro que causou mais de 30 vítimas mortais na Europa - uma em Portugal. Só no ano passado foram registados mais de 20 mil casos.


De acordo com a DGS, o número de casos do surto de sarampo subiu de sete para 21. Graça Freitas revelou que, dos 51 casos suspeitos, 21 foram confirmados e são cinco as pessoas que se encontram com uma "situação clínica estável".

Tendo em conta o perfil, a DGS reportou que todos os doentes são adultos, sendo que mais metade é do sexo feminino. Quatro não têm a vacina e outros três apresentam "esquema vacinal incompleto". Quatro pessoas têm "esquema vacinal desconhecido" e a maior parte dos casos está associada ao Hospital de Santo António.

Os doentes têm idades compreendidas entre os 20 e os 39 anos e a DGS anunciou que foi aberta uma investigação epidemiológica para detelhar os casos. Depois da declaração de um surto de sarampo em Portugal, na região Norte do país, a DGS mantém as recomendações necessárias à população.

O sarampo é uma doença grave, para a qual existe vacina. Contudo, o Centro Europeu de Controlo de Doenças estima que haja uma elevada incidência de casos em crianças menores de um ano de idade, que ainda são muito novas para receber a primeira dose da vacina. Daí que reforce a importância de todos os outros grupos estarem vacinados de forma a que não apanhem nem transmitam a doença.

Segundo os dados de 2017, mais de 87 por cento das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.

c/ Lusa

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