Dijsselbloem deve resignar "tão depressa quanto possível"

por RTP

Paulo Rangel, vice-presidente do Partido Popular Europeu, diz que a família política a que pertence "condena profundamente" as declarações do presidente do Eurogrupo, quando este acusou os países do Sul da Europa de gastarem o dinheiro em "copos e mulheres".

"Insultuosas, ofensivas e injustas". É assim que o vice-presidente do Partido Popular Europeu classifica as declarações de Jeroen Dijsselbloem na semana passada.

Rangel sublinha, em declarações à RTP, que a exigência formal do PPE para a demissão imediata foi assinada por toda a direção do PPE e que até ao momento, o líder do Eurogrupo "pareceu muito agarrado ao seu posto", enquanto os países visados pediam a sua demissão após as declarações da semana passada.

O vice-presidente do PPE critica ainda a inexistência de um pedido de desculpas formal e exige que a demissão aconteça "tão depressa quanto possível%u201D, e que %u201Cnão basta a não recondução", uma vez que esta já era previsível, tendo em conta os recentes resultados eleitorais na Holanda, que ditaram a derrota para os trabalhistas, partido a que pertence Dijsselbloem.

Paulo Rangel diz que a polémica era até agora de cariz puramente nacional, uma vez que apenas os países visados se queixaram, considerando que a exigência de demissão, por parte de uma família política europeia, constitui um "salto qualitativo".
pub