Em comunicado enviado esta terça-feira às redações, a Direção-Geral de Saúde confirma a existência de dois casos de sarampo na Região Norte. A DGS refere ainda que os dois casos “aparentemente não relacionados” foram diagnosticados em adultos não vacinados. Há outros casos em investigação.
Os dois resultados foram confirmados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
A diretora-geral de Saúde acrescenta no mesmo comunicado que estão em análise “outros doentes” com sintomas associados ao sarampo, desde exantema, dores musculares e cansaço.
No comunicado, as autoridades de saúde não confirmam que se trate de um surto, mas garantem que “estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Plano de Contingência”.
Mais referem que há “surtos de sarampo em alguns países europeus devido à existência de comunidades não vacinadas”.
A Direção-Geral de Saúde recorda que o sarampo “é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em indivíduos não vacinados” e que a vacina é, precisamente, a “principal medida de prevenção”.
Profissional internado
Esta terça-feira, o hospital de Santo António confirmou que foi internado um profissional daquela área de saúde por suspeita de ter contraído sarampo. Os resultados vão ser conhecidos na quarta-feira.
O hospital afirma ter procurado saber de outros casos, incluindo entre pessoal em folga, sendo que no final foram sinalizados "20 casos idênticos, todos em profissionais", sublinhando, porém, não haver ainda qualquer confirmação de que se trata de sarampo, podendo ser uma outra virose.
Segundo informou aquela unidade de saúde esta manhã, alguns profissionais do Hospital de Santo António, jovens adultos, apresentaram sintomas e sinais clínicos, de início agudo, incluindo exantema (rubor) cutâneo, febrícula (apenas alguns), mialgias e cansaço".
Segundo o hospital, "não há nenhum doente com ligação epidemiológica conhecida com um caso confirmado de sarampo", não sendo de excluir tratar-se "de uma outra virose", já que "a apresentação clínica não é tão exuberante como habitualmente, designadamente com febre, prostração tosse, manchas da bochecha interna".
Acrescentam ainda que "não é provável um surto de sarampo manifestar-se com todos os casos num mesmo dia, atendendo à variabilidade individual dos períodos de incubação e de contágio".
O hospital garante que "foram tomadas as medidas recomendadas para casos de sarampo" e que as autoridades locais e regionais de saúde Pública e a Diretora-Geral da Saúde foram informadas.
com Lusa
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