Dispositivo de combate a incêndios no Algarve mobiliza 623 operacionais na fase mais crítica

por Lusa

O dispositivo de combate a incêndios vai mobilizar este ano na região do Algarve, um total de 623 operacionais dos bombeiros, exército e forças de segurança na fase mais crítica, anunciou hoje o comandante operacional regional da Proteção Civil.

Durante a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para o Algarve, o comandante Vítor Vaz Pinto indicou que o dispositivo terá o maior reforço na fase de maior risco, entre 01 de julho e 30 de setembro, com 623 operacionais, 161 veículos e três helicópteros.

"São meios ajustados à evolução da perigosidade, com uma aposta qualitativa dos recursos, devido ao histórico de ocorrências", sublinhou Vítor Vaz Pinto, na apresentação do DECIR, em Portimão.

De acordo com aquele comandante, durante o período entre 01 de julho e 30 de setembro, "haverá um maior reforço, embora entre 01 de junho e 30 de setembro, também sejam reforçados os meios, com um total de 485 operacionais e 123 veículos".

Segundo Vaz Pinto, o DECIR Algarve vai ter este ano mais três equipas de intervenção permanente, distribuídas por Alcoutim, Monchique e Portimão, bem como um aumento das equipas de logística, de apoio e de combate aos incêndios florestais.

O Algarve passa a contar também em permanência, durante todo o ano, com um grupo de ataque ampliado do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR), constituído por 30 militares e sete veículos, bem como dois helicópteros ligeiros, sendo integrado mais um meio aéreo entre 01 de julho e 30 de setembro.

De acordo com Vítor Vaz Pinto, será também integrada uma nova equipa de militares do exército em ações de vigilância em sete municípios (Castro Marim, Loulé, Monchique, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Alcoutim), passando para sete as equipas que vão fazer vigilância em áreas predominantemente rurais.

Haverá ainda mais duas equipas de vigilantes do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, sendo reforçada a Equipa de Análise e Uso do Fogo (EAUF) da força especial de bombeiros, com base em Loulé, e mais três equipas de Sapadores Florestais, estendendo-se a sua ação aos concelhos de Aljezur, Monchique e São Brás de Alportel.

Como novidade, este ano, foi constituída uma equipa tática de empenhamento de máquinas de rasto, e um novo grupo de combate a incêndios florestais.

Vítor Vaz Pinto acrescentou que a par do aumento dos meios operacionais, foi reforçado o financiamento para o dispositivo por parte dos 16 municípios do Algarve, cujo valor rondará os 400 mil euros.

Segundo aquele comandante, cada bombeiro irá receber 65 euros por cada 24 horas de trabalho, sendo 50 euros suportados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e os restantes 15 euros pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), composta pelas 16 câmaras algarvias.

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