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Juíza dá três dias a Armando Vara para se apresentar em Estabelecimento prisional

por RTP
O mandado de detenção só será emitido se Vara não aparecer Lusa

A juíza do Tribunal de Aveiro deu três dias a Armando Vara para se entregar no Estabelecimento prisional de Évora. Vara foi condenado em setembro de 2014 pelo Tribunal de Aveiro a cinco anos de prisão efetiva, por três crimes de tráfico de influência, no âmbito do processo Face Oculta.

A juíza titular do processo Face Oculta deu três dias para Armando Vara se apresentar em Évora para cumprir a pena de cinco anos de prisão a que foi condenado, informou fonte judicial.

O mandado de detenção só será emitido se Vara não aparecer. Uma decisão tomada tendo em conta que o próprio já tinha demonstrado vontade de se entregar voluntariamente.

A juíza decidiu ainda sobre outras três pessoas condenadas neste processo. Em relação a João Manuel Tavares, ex-funcionário da Petrogal, foi emitido mandado de detenção para a execução da pena de 5 anos e 9 meses de prisão efetiva pelos crimes de corrupção passiva no setor privado, tráfico de influência e falsificação de documento.

Para Manuel Guimoar, antigo quadro da REFER, a juíza emitiu mandado de detenção para a execução da pena de 6 anos e 6 meses de cadeia por crimes de corrução passiva para ato ilícito e burla qualificada.

Já em relação a Manuel Gomes, ex-funcionário da Lisnave, ordenou revisão por entender que um dos crimes prescreveu. Tinha sido condenado a 5 anos de prisão efetiva pelos crimes de corrupção passiva no setor privado e burla qualificada.
Face Oculta
O processo Face Oculta, que começou a ser julgado em 2011, está relacionado com uma rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas.

Além de Armando Vara e Manuel Godinho, foram arguidos no processo o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais) José Penedos e o seu filho Paulo Penedos, entre outros.

Na primeira instância, dos 36 arguidos, 34 pessoas singulares e duas empresas, 11 foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os quatro anos e os 17 anos e meio.

C/ Lusa
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