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Espanha reitera não ter recebido alerta de Lisboa sobre fugitivos

por Daniela Santiago (correspondente em Madrid)

Foto: Sergio Perez - Reuters

A polícia nacional espanhola insiste que não teve nenhum alerta ou pedido de detenção internacional sobre os foragidos da prisão de Caxias. O Tribunal Supremo de Justiça espanhol responsabiliza as autoridades portuguesas e assegura que a ordem de busca internacional só chegou segunda-feira à tarde.

As autoridades espanholas detiveram na segunda-feira dois indivíduos de nacionalidade chilena no aeroporto de Barajas, em Madrid. Os dois homens faziam parte do grupo de três reclusos que conseguiu fugir da prisão de Caxias na madrugada de domingo, mas foram detidos no país vizinho apenas por viajarem com documentação falsa.

Assegura a polícia espanhola que não sabia que estes homens eram foragidos, e por isso um deles foi libertado.

Jorge Naranjo ficou detido porque tinha documentação falsa e foi presente a juiz, na sede geral de Juzgados de Madrid, por delito de falsificação de documentos. Só depois, quando já tinha sido enviado para a Audiência Nacional, tiveram conhecimento do mandado internacional emitido pelo Governo português. Está detido à espera da extradição.

O outro chileno foragido de Caxias, Roberto Ulloa, não foi detido porque não existia nenhum delito no seu cadastro. Nem o Tribunal Supremo Judicial (TSJ) nem a Polícia Nacional de Espanha sabiam que era procurado pelas autoridades portuguesas.

Em declarações à RTP, uma fonte do TSJ critica a atuação das autoridades portuguesas e a lentidão do processo. Já o Ministério da Justiça garantia na segunda-feira à Antena 1 que os dois mandatos de detenção foram emitidos, sem no entanto adiantar quando isso aconteceu.
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