Foto: Mohammed Salem - Reuters
O estudo, realizado em dez praias do norte e centro revela a deteção de bactérias potencialmente perigosas para os banhistas. Os cientistas acreditam que a responsabilidade seja das alterações climáticas.
Quem tiver alguma ferida aberta ou golpe não deve mesmo mergulhar no mar.
É um alerta à população e às autoridades de saúde sem dramatismos mas com cautela feito por investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar no Porto.
Em dez praias do norte e centro do país, entre Viana do Castelo e Aveiro, foram detetadas bactérias que podem causar doenças nos seres humanos, sobretudo infeções.
Algumas são mesmo resistentes a antibióticos, mesmo em praias com classificação excelente ao nível da qualidade da água.
O diretor do laboratório de hidrologia e ecologia do ICBAS revela que este estudo focou apenas estas praias. O resto da costa nacional pode apresentar os mesmos dados, mas não foi estudado.
Bordalo e Sá exorta as autoridades de saúde a sensibilizarem os técnicos para lidar com esta questão.
A Antena 1 já tentou confrontar a Agência Portuguesa do Ambiente com as conclusões deste estudo e também a Direção Geral de Saúde e o Governo, até agora sem sucesso.
A câmara de Espinho remete a análise à situação para a APA, enquanto a autarquia de Matosinhos espera pormenores do estudo para tomar eventuais decisões.
A câmara de Aveiro revela que o assunto foi ontem debatido na assembleia municipal. O município pediu o estudo para perceber em que zonas foram recolhidas amostras de água para avaliar medidas a tomar.