Ex-dirigentes do Politécnico de Castelo Branco pedem demissão do Conselho Geral

por Lusa

Oito ex-presidentes e vice-presidentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) apelaram hoje aos elementos do Conselho Geral para colocarem o seu lugar à disposição, no sentido de se permitir um novo ciclo na vida da instituição.

Numa carta dirigida ao presidente do Conselho Geral do IPCB, a que a agência Lusa teve acesso, os oito signatários "apelam aos elementos dos órgãos de governo da instituição e, designadamente, ao seu Conselho Geral que, no melhor interesse da mesma, se coloquem à disposição, com todas as consequências que daí advenham, no sentido de se permitir o início de um novo ciclo na vida da instituição (...)".

Este apelo aos elementos dos órgãos de governo da instituição e, designadamente, ao seu Conselho Geral, surgiu após o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ter recusado, pela segunda vez, a alteração dos estatutos do IPCB.

Os ex-presidentes e vice-presidentes da instituição argumentaram o seu apelo à demissão, "tendo em vista a procura de soluções que permitam dinamizar a atividade interna da instituição, a recuperação da imagem e a capacidade de intervenção do IPCB na região, no país e junto dos seus parceiros internacionais".

Sustentaram que o IPCB "tem vindo a atravessar um período de instabilidade institucional e organizacional" que culminou com "a segunda e definitiva recusa de homologação pelo Governo dos estatutos propostos pelo Conselho Geral".

Os signatários da missiva realçaram ainda que o processo de alteração de estatutos arrastou-se por vários anos, "com graves divergências internas e externas, que expuseram, publicamente, a instituição a uma crispação das relações interpessoais, de que resultaram implicações de perigosa entropia na sua cultura organizacional, a uma degradação da sua imagem externa e a um descrédito imerecido".

Argumentaram que esta "contínua incerteza" sobre a estrutura estatutária da instituição "impediu tomadas de decisão estratégicas", quer na área de estruturas físicas e materiais, quer nas dimensões pedagógicas e científicas.

"Urge alterar as atuais circunstâncias, criando condições para uma discussão aprofundada, que envolva todos os colaboradores da comunidade educativa e social, que se deseja serena e alargada, e que permita uma revisão de estatutos (...)", lê-se na carta.

Para que isso aconteça, entendem os ex-presidentes e vice-presidentes do IPCB que devem ser criadas as condições que permitam o início de um novo ciclo institucional, assegurando a realização de uma "discussão interna dinâmica" e uma "relação frutífera e positiva" com todas as instituições dos territórios de atuação do politécnico, designadamente as câmaras municipais.

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