Faltam professores nas escolas portuguesas

por Antena 1

Mais de duas mil turmas continuam sem docentes a todas as disciplinas, isto um mês depois do arranque do ano lectivo.

Na edição desta segunda-feira, o Jornal de Notícias revela que as regiões mais afetadas são Lisboa, Algarve e Setúbal.

São milhares os horários de professores por preencher, uma situação que afeta mais de duas mil turmas, em escolas de norte a sul do país.

Contactado pelo Jornal de Notícias, o Ministério da Educação reconhece que estão sinalizados casos pontuais de escolas com dificuldade em contratar docentes mas considera que a situação está em linha com os anos anteriores.

A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas argumenta que neste ano letivo tem sido ainda mais complicado garantir o número de docentes suficiente para as necessidades das turmas.

O presidente da Associação, Filinto Lima, alerta que muitos professores colocados longe de casa não conseguem pagar as rendas no sector da habitação, o que os leva a rejeitar os horários.

Filinto Lima defende, por isso, um subsídio de alojamento para quem ensina.



Os professores regressam esta segunda-feira à greve ao trabalho extraordinário.

Os sindicatos alegam que a construção dos horários é ilegal, por impor um acréscimo de cerca de 30 por cento às 35 horas semanais aplicáveis à generalidade da administração pública.
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