Fogo de Pedrógão: Vários militares da GNR meteram baixa psicológica

por RTP
Várias militares da GNR meteram baixa psicológica Reuters

Vários militares da GNR que ajudaram no operação de combate ao fogo em Pedrógão Grande meteram baixa psicológica. Em declarações à TSF, Cesár Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, afirmou que os militares estão indignados com a ministra da Administração Interna. E afirma que a falta de elementos em patrulha e falhas no SIRESP levaram a que a Nacional 236-1 não fosse encerrada.

César Nogueira afirma que vários militares estão indignados pela abertura de um inquérito pela ministra da Adminstração Interna, "parecendo dar logo à partida responsabilidades aos guardas que estiverem no local". Em causa, o não encerramento da estrada Nacional 236, onde morreram 47 pessoas.

Uma situação provocada, denuncia o presidente da Associação de Profissionais da Guarda, pela falta de militares mas também pelas falhas no SIRESP, o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal.

"Quem não cortou a estrada não o fez porque não tinha informação", disse. E "eram apenas dois homens".

Diz este responsável que os elementos que recolheu até ao momento indicam que em cada um dos três concelhos afetados existiam apenas dois homens num carro em patrulha.

À TSF, César Nogueira, realçando a falta de meios, afirma que o posto de Pedrógão Grande tem 15 pessoas, quando, acrescenta, devia ter o dobro.

Militares com baixa psicológica
O presidente da Associação contou ainda que há vários militares que meteram baixa psicológica pelo peso da morte de dezenas de pessoas na fatídica estrada nacional.

Estão "tremendamente afetados", disse César Nogueira em declarações à TSF. "Estão a tentar colocá-los num imbróglio como se fossem culpados de tudo e mais alguma coisa".
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