Fogo desaloja duas pessoas em aldeia de Miranda do Corvo

por Lusa

Miranda do Corvo, Coimbra, 13 ago (Lusa) - O fogo que começou na tarde de sábado em Coimbra e que entrou no concelho de Miranda do Corvo destruiu pelo menos uma casa de primeira habitação, provocando dois desalojados na aldeia da Lata, afirmou o presidente da Câmara.

De acordo com o presidente do município de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, arderam duas casas, tendo a confirmação de que "pelo menos uma" era de primeira habitação, resultando em dois desalojados, mãe e filho, ambos adultos.

As duas pessoas estão na sede de freguesia, Semide, acrescentou.

Aquando da entrada do incêndio no concelho de Miranda do Corvo, foram feitas "algumas evacuações por questões de segurança", sendo que alguns dos habitantes das aldeias ameaçadas já regressaram às suas casas e outros estão em Semide à espera de poderem regressar, disse à agência Lusa Miguel Baptista.

Segundo o autarca, o incêndio, que "tem várias frentes ativas", lavra "junto a casas" na aldeia de Senhor da Serra e uma das frentes "está próxima" de Semide.

Até ao momento, registaram-se dois feridos, "mas sem gravidade", frisou, referindo que o centro de saúde "está aberto" para o caso de ser necessário prestar qualquer auxílio médico.

Devido a este fogo, a estrada nacional (EN) 17, vulgarmente conhecida por Estrada da Beira, continua cortada ao trânsito entre Ceira e Ponte Velha.

De acordo com a página da Proteção Civil na internet, pelas 23:40, este fogo, que mantinha duas frentes ativas, estava a ser combatido por mais de 280 operacionais, auxiliados por perto de uma centena de viaturas.

O incêndio teve início pelas 16:30 de sábado em Carvalhosas, junto à praia fluvial do Mondego, em Torres do Mondego, no concelho de Coimbra, e alastrou ao concelho de Miranda do Corvo.

Pouco diverso é o cenário relativo ao fogo que progride na zona de Trouxemil, Lamarosa, Andorinha e São Marcos, no concelho de Coimbra, e para o qual "foram também mobilizados meios do Exército", parte dos quais já estão no terreno, adiantou o presidente da Câmara, Manuel Machado.

Este incêndio resulta do avanço das chamas que tiveram origem na região de Portunhos, no concelho de Cantanhede, pelas 14:50 de sexta-feira, e que sábado, pelas 23:30, estava a ser combatido por perto de quatro centenas de operacionais, apoiados por mais de uma centena de meios terrestres.

"Até ao momento não foi dada ordem de evacuação" de qualquer localidade, mas essa eventualidade "ainda não pode ser totalmente" afastada, estando, por isso, todos os meios necessários preparados para essa eventualidade, sublinhou Manuel Machado.

As câmaras de Coimbra e de Cantanhede mantêm ativados os respetivos planos municipais de Emergência de Proteção Civil, acionados na sexta-feira.

Miranda do Corvo também ativou o seu plano municipal de emergência no sábado, dia em que também foi acionado o plano de emergência distrital de Coimbra.

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