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Freguesia do Monte no Funchal diz que devem ser abatidas mais árvores no Largo da Fonte

por Lusa

A presidente da Junta de Freguesia do Monte, Idalina Silva, disse hoje no parlamento madeirense que há duas árvores no Largo da Fonte que deveriam ser cortadas, apesar de os técnicos indicarem que o arraial pode realizar-se em segurança.

"Na minha humilde opinião e na opinião de uma parte da população da freguesia, há ainda duas árvores que deveriam ser cortadas", afirmou a autarca, sublinhando que isso teria um efeito psicológico positivo sobre as pessoas.

Idalina Silva falava aos deputados da Comissão de Saúde e Assuntos Sociais, no âmbito de uma audição sobre as condições de segurança necessárias para a realização do Arraial da Nossa Senhora do Monte, padroeira da Madeira, que decorre naquela freguesia do Funchal entre 05 e 15 de agosto.

Em 2017, um carvalho de grande porte tombou sobre uma multidão que aguardava a passagem da procissão no Largo da Fonte, no dia 15 de agosto, matando 13 pessoas e ferindo 50, situação que motivou uma intervenção técnica nos jardins ao redor da igreja, onde foram abatidas algumas árvores.

A presidente da Junta de Freguesia, eleita pelo PSD, disse aos deputados que a Câmara Municipal do Funchal, liderada pela coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!), a informou, através do vereador da Proteção Civil, que estão reunidas as "condições mínimas de segurança" para a realização do arraial, embora com restrições ao nível do som e do lançamento de fogo de artifício.

Os técnicos indicaram que a trepidação motivada por estes elementos poderá ter influenciado o colapso do carvalho.

"Eu, naturalmente, quero que as pessoas vão à festa do Monte. É o arraial mais antigo da Região Autónoma da Madeira e eu quero que as pessoas vão à festa. Este é o apelo que faço", disse Idalina Silva, alertando, no entanto, para o "descontentamento e preocupação" que muitas pessoas manifestam ainda em relação a duas árvores.

A autarca disse, por outro lado, que não recebe verbas da Câmara Municipal do Funchal desde março deste ano, na sequência de um diferendo sobre a responsabilidade pela manutenção do caminho que liga o Largo da Fonte à igreja matriz.

Idalina Silva explicou que a câmara entende que o trabalho compete à Junta de Freguesia, mas esta discorda, porque o caminho integra os jardins ao redor da igreja cuja limpeza esteve sempre a cargo da autarquia.

"Eu tenho uma promessa para esta festa. Pedir a Nossa Senhora do Monte para ver se a Câmara dá o dinheiro à Junta", disse, sublinhando que, atualmente, está a funcionar com metade do orçamento habitual (300 mil euros) e, por isso, não pode apoiar a festa.

A audição parlamentar sobre a "Análise e garantia das condições de segurança necessárias para a realização do Arraial da Nossa Senhora do Monte" prossegue esta tarde com Marlene Rodrigues, representante da Comissão de Festa do Arraial.

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