Freitas do Amaral. António Costa afirma que "poucos deram tanto a Portugal"

por Lusa

O líder socialista considerou que Diogo Freitas do Amaral foi um "grande estadista" e que "poucos deram tanto a Portugal" no que respeita à liberdade e à consolidação do regime democrático no país.

"O falecimento do professor Freitas do Amaral é uma notícia que nos entristece a todos, foi um dos principais fundadores da nossa democracia, foi um notável jurista, foi um grande estadista, que deu um grande contributo à construção do nosso regime democrático e à sua consolidação", afirmou António Costa.

Em declarações antes do início de uma arruada em Lisboa, o secretário-geral do PS considerou que a morte do antigo ministro e líder do CDS deixa "um enorme vazio" e que agora é o momento do país lhe render uma homenagem "sincera e sentida".

Questionado se vai haver alguma alteração na agenda da campanha socialista, António Costa disse que haverá "ajustamentos" em função da morte de Freitas do Amaral, entre os quais o cumprimento de um minuto de silêncio no comício previsto para esta noite em Setúbal.

O secretário-geral do PS disse ainda que vão ser evitadas "manifestações mais festivas", mas considerou que a campanha é "um momento essencial da democracia", sendo, também, por isso, "uma forma de homenagear Freitas do Amaral", deixando a "democracia funcionar".

O líder socialista recordou ainda Diogo Freitas do Amaral como um "candidato presidencial que se bateu galhardamente até ao último minuto pela vitória que esteve à beira de poder acontecer".

Além disso, sublinhou, ao longo de toda a sua vida "sempre se manifestou coerente com as suas ideias democratas-cristãs".

O fundador do CDS e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Diogo Freitas do Amaral morreu hoje, aos 78 anos.

Freitas do Amaral nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.

Diogo Freitas do Amaral fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.

pub