Funchal: Peritos dizem ser prematuro indicar razões para queda de árvore

por RTP
Homem de Gouveia - Lusa

A equipa de técnicos que está a investigar a queda de uma árvore que matou 13 pessoas na terça-feira, no Funchal, garante que é ainda “muito prematuro” avançar quais as razões na origem do acidente. A inspeção vai continuar esta quinta-feira. No entanto, a Câmara Municipal do Funchal garantiu que a árvore não estava sinalizada como apresentando perigo de queda. A Junta de Freguesia do Monte argumenta que foram feitos vários alertas.

"Apenas iniciámos os trabalhos, a peritagem, a parte fitossanitária e a parte biomecânica da árvore e também de todo o espaço envolvente e amanhã prosseguiremos os trabalhos e a mais averiguações com mais detalhe", disse José Carlos Marques, diretor do Departamento de Ciências e Recursos Naturais da Câmara Municipal do Funchal.

“É muito prematuro qualquer abordagem”, garantiu, não avançando quanto tempo poderá ainda demorar a peritagem.


Além deste responsável, a equipa técnica é composta por um perito exterior, Pedro Ginja, do Instituto Superior de Agronomia, pelo responsável dos Espaços Verdes da autarquia funchalense, Francisco Andrade, e ainda por Rocha da Silva, que foi indicado pela Diocese do Funchal para acompanhar os trabalhos.
Árvore não estava sinalizada, diz autarquia
O Ministério Público ordenou a instauração de um inquérito. Enquanto a investigação prossegue, sucedem-se as informações sobre o alegado estado da árvore que caiu durante a romaria da padroeira da ilha da Madeira.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal garantiu que não havia qualquer alerta sobre um eventual perigo de queda daquela árvore, enquanto a presidente da Junta de Freguesia do Monte argumenta que houve vários alertas.


A queda do carvalho matou 13 pessoas e feriu 49 ocorreu no Largo da Fonte, durante a celebração da Festa do Monte, em honra da padroeira da ilha.
Sete feridos em perigo de vida
No hospital do Funchal permanecem sete pessoas internadas, e os médicos não escondem a gravidade da situação, dado serem doentes críticos e, como tal, correm risco de vida.

Entre estes feridos, estão duas crianças. Uma de dois anos e uma de 14 anos.
Entre as treze vítimas mortais, há um bebé. Só duas vítimas não eram da Madeira.


As vítimas mortais tinham entre 28 e 59 anos, à exceção da criança de um ano que também morreu após a queda da árvore. Quanto às nacionalidades, há duas mulheres estrangeiras entre as vítimas mortais: uma francesa e uma húngara.
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