Ficaram em prisão domiciliária os três funcionários do SEF suspeitos da morte de um cidadão ucraniano, nas instalações do aeroporto de Lisboa. Os três arguidos não prestaram declarações no interrogatório judicial. O juiz determinou como medida de coação a obrigação de permanência na residência.
O Governo abriu um inquérito à Direção de Fronteiras de Lisboa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras na sequência deste caso de alegado homicídio.
Em comunicado, a Polícia Judiciária revelou que os três homens, de 42,43 e 47 anos, "serão os presumíveis responsáveis da morte de um homem de nacionalidade ucraniana, de 40 anos, que tentara entrar ilegalmente, por via aérea, em território nacional", no passado dia 10 de março.
O alegado crime terá sido cometido nas instalações do Centro de Instalação Temporária, no aeroporto de Lisboa, no passado dia 12, após a vítima ter supostamente provocado alguns distúrbios no local.
Em comunicado, o SEF refere que três inspetores em funções no aeroporto de Lisboa foram detidos por suspeita do de homicídio e explica que no dia 12 ocorreu no Espaço EECIT do aeroporto de Lisboa um "óbito de um cidadão estrangeiro".
“O SEF confirma que, no dia 12 de março, ocorreu no Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária (EECIT) do Aeroporto de Lisboa o óbito de um cidadão estrangeiro, tendo sido de imediato, no próprio dia, comunicado ao Exmo. Procurador Adjunto de turno junto do DIAP de Lisboa”, afirma a estrutura em comunicado, acrescentando que “a ocorrência foi também comunicada à Inspeção Geral da Administração Interna”.
O SEF, segundo a TVI, decidiu que o imigrante embarcaria no voo seguinte de regresso à Turquia, mas, entretanto, o homem terá reagido mal ao impedimento de entrar em Portugal. Foi levado para uma sala de assistência médica, no Centro de Instalação Temporária do aeroporto, onde acabou por ser torturado e morto à pancada.
c/ Lusa