O Governo anunciou na quinta-feira a criação de um fundo de emergência, mas algumas autarquias ficaram de fora. Uma decisão criticada pelos respetivos presidentes de câmara.
O próprio fundo de emergência resulta das contribuições solidárias que chegam de todo o país.
O ministro do Planeamento afirmou ainda que o levantamento dos prejuízos estará concluído no final da próxima semana. Por outro lado, não se comprometeu com prazos para os trabalhos de reconstrução.
Os autarcas de Góis e Pampilhosa da Serra manifestaram indignação com o facto de os respetivos concelhos não ficarem abrangidos pelo fundo de apoio à revitalização das áreas afetadas pelos incêndios.
"Dez mil hectares ardidos, casas de habitação ardidas e arrecadações, enfim, imensas explorações agrícolas. Como este fundo é constituído por donativos dos portugueses e por entidades internacionais, tem que chegar a todos os portugueses que foram afetados nestes incêndios e portanto tem que haver resposta para estas pessoas, não pode ser só para alguns", apontou o presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.
"Eu estou estupefacto. Espero que seja engano", rematou José Brito.
"Terei que considerar isto um mero lapso e, se é um lapso, tem que ser corrigido e nada mais posso dizer sobre isto. Eu não aceito que seja outra coisa", sublinhou, por seu turno, o vice-presidente da Câmara de Góis, Mário Garcia.