GNR detém suspeito de lenocínio e auxílio à imigração ilegal em Ourique

por Lusa

A GNR deteve um homem por suspeitas de lenocínio e auxílio à imigração ilegal, identificou 15 mulheres e interditou o local onde os crimes eram cometidos, numa operação em Ourique, no Alentejo, foi hoje anunciado.

A operação, que incluiu 12 buscas, durante as quais foram feitas várias apreensões, decorreu entre os dias 10 e 15 deste mês, no concelho de Ourique, no distrito de Beja, precisa a GNR, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a guarda, o homem, de 59 anos, também suspeito de posse de arma proibida, fraude fiscal qualificada e branqueamento e que tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crimes, foi sujeito a interrogatório, no sábado, no Tribunal Judicial de Ourique, que lhe decretou a medida de coação de prisão preventiva.

"O local onde os crimes eram praticados ficou interditado", refere a GNR, indicando que, durante as diligências de investigação, foram cumpridos 12 mandados de busca, três domiciliárias e nove não domiciliárias, entre as quais uma a um escritório de contabilidade com sede no Algarve, uma a um terreno em construção e sete a veículos.

A GNR identificou 15 mulheres de várias nacionalidades e com idades entre os 23 e 50 anos, sendo que três delas, por estarem em situação ilegal em Portugal, foram notificadas para abandonar o país no prazo de 20 dias.

Outras duas mulheres, por estarem em situação irregular em Portugal, foram notificadas para comparecer no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Durante as buscas, a GNR apreendeu 10.870 euros em dinheiro, sete veículos, uma espingarda pressão de ar, uma arma branca, um sistema de videovigilância, várias notas de África do Sul, Brasil, Estados Unidos da América e Roménia, 2.911 preservativos, 130 embalagens de gel lubrificante, telemóveis, computadores, "tablet" e dispositivos móveis de armazenamento de dados.

A guarda também apreendeu milhares de cartões de consumo e de publicidade ao local onde se praticavam os crimes, talões de depósitos em contas bancárias e de fecho de caixa e livros de faturação e de guias de transporte.

A operação foi efetuada por militares do Núcleo de Investigação Criminal de Aljustrel e contou com o apoio da Direção de Investigação Criminal, da Unidade de Intervenção e do Destacamento de Intervenção de Faro e da estrutura de Investigação Criminal e de outros destacamentos do Comando Territorial de Beja da GNR.

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