Gouveia e Melo. Plano de vacinação não foi "alterado" mas "adaptado"

por RTP

O almirante Gouveia e Melo, coordenador do grupo de trabalho para concretizar o plano de vacinação anti-Covid, admitiu que a campanha precisa de vacinação precisa de ajustamentos devido à falta de vacinas disponíveis.

Entrevistado no Telejornal, Gouveia e Melo considerou contudo "natural" a necessidade desses ajustamentos, os quais são uma "adaptação" e não significam uma "alteração", tendo em conta que as vacinas disponíveis são apenas metade do que estava previsto.

O coordenador do plano de vacinação comentou com circunspeção a ideia de que a primeira dose da vacina da Pfizer permitiria atingir uma elevada imunidade, dispensando portanto, na maior parte dos casos, uma segunda dose e permitindo assim duplicar o número de pessoas alcançadas pelo plano de vacinação. Tal conclusão é ainda, do ponto de vista de Gouveia e Melo, prematura e só uma observação mais alargada de dados empíricos permitirá eventualmente estabelecê-la com segurança.

A indicação da Autoridade Europeia para o Medicamento de que a vacina da AstraZeneca é eficaz para os grupos com mais de 65 anos poderá introduzir também alterações no plano, mas só depois de a DGS e a Infarmed se terem pronunciado nesse sentido.

No que diz respeito às irregularidades na toma da vacina, facilitadas pela circunstância de existirem sobras, Gouveia e Melo apontou a clarificação de procedimentos emergente de uma directiva recente da DGS, que permitiu reduzir a margem de discricionaridade na decisão sobre o que fazer com essas sobras.

A vacinação em farmácias foi explicada como resposta à necessidade de imprimir um ritmo mais veloz à vacinação.






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