Governo da Madeira rejeita críticas do JPP sobre operação do ferry

por Lusa

O Governo da Madeira rejeitou hoje as críticas feitas pelo Juntos Pelo Povo (JPP) sobre a operação do ferry de ligação ao continente, apontando "a falta de rigor e de seriedade deste partido em questões que são totalmente transparentes"..

O JPP revelou hoje ter recebido documentação relativa ao ferry de ligação da Madeira ao continente que confirma que os três milhões de euros pagos pela concessão garantiriam a operação durante todo o ano.

Num comunicado emitido pela vice-presidência do executivo regional, o executivo contesta estas afirmações, alegando que a operação "só acontece com o esforço financeiro do Governo Regional, que decidiu avançar, enquanto o Estado não garante o direito constitucional da continuidade territorial".

O Governo Regional acusa ainda o partido de "inabilidade", já que, considera, divulgou "um parecer da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes relativo ao primeiro concurso público internacional que, como é do conhecimento geral, ficou deserto".

De forma intencional, acrescenta o Governo da Madeira, o JPP "não disse que, depois desse concurso, o Governo Regional foi obrigado a abrir novo procedimento internacional, em janeiro do ano passado, no qual previa a realização de 12 viagens por três milhões de euros, durante os três meses de verão, que é o período que corresponderá a mais de 70% da procura".

As alterações introduzidas, continua a nota, permitiram "o parecer favorável da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, com os devidos fundamentos" que foram apresentados.

Por isso, o executivo liderado por Miguel Albuquerque (PSD) entende que fica demonstrado não ter havido, "da parte do JPP, qualquer intenção de esclarecer a opinião pública, mas lançar uma neblina de suspeição sobre uma operação".

Segundo o JPP, "os pareceres da Autoridade da Mobilidade e Transportes comprovam que os três milhões de indemnizações compensatórias permitiriam que um operador marítimo fizesse a ligação ferry, entre a Madeira e Portimão, semanalmente, durante todo o ano, num total de 104 viagens (52 em cada sentido), com um lucro justo".

O navio da empresa espanhola Naviera Armas foi fretado pela Empresa de Navegação Madeirense, a quem o Governo Regional concessionou a exploração da linha por três milhões de euros, durante os três meses de verão, à semelhança do que aconteceu no ano passado.

O JPP acedeu aos pareceres em causa "após solicitar documentação aos respetivos governos", que "só a cederam mediante ordem do tribunal".

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