Governo diz que escolas estão a dar "resposta absolutamente admirável"

por Lusa

O secretário de Estado da Educação, José Costa, disse hoje à agência Lusa que as escolas dos concelhos afetados pelos incêndios que provocaram 64 mortos estão a dar uma resposta "absolutamente admirável".

"A resposta das escolas é absolutamente admirável. Temos aqui uma equipa de diretores absolutamente fantásticos, que estão a conseguir garantir a estas famílias que, aos poucos, os mais novos encontrem a tranquilidade que a escola assegura", afirmou José Costa.

O governante falava à margem de uma reunião que decorreu hoje na sede do Agrupamento de Escolas de Pedrógão Grande com os diretores das escolas afetadas pelos incêndios, nomeadamente Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Sertã, Góis, Pampilhosa da Serra.

"Foi uma reunião de trabalho com os senhores diretores de todas as escolas afetadas para fazer o ponto de situação sobre os exames, situações pontuais e fazer o levantamento. Temos estado sempre em contacto com os diretores, foi uma reunião de trabalho", concluiu.

O Ministério da Educação decretou, no dia 19, a suspensão por tempo indeterminado das aulas e dos exames nos municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera (Leiria) e, numa segunda fase, na Sertã (Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (Coimbra).

A tutela informou que as aulas estavam suspensas a partir de dia 19, não indicando até quando, uma vez que a situação será avaliada dia a dia.

Os incêndios que deflagraram na região Centro no dia 17 provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.

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