Governo e sindicatos da função pública voltam esta segunda-feira a reunir-se, pela segunda vez após o "chumbo" do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) e depois de o executivo ter garantido uma atualização salarial de 0,9%.
Na primeira ronda negocial, na quarta-feira, o Governo confirmou aos sindicatos que, apesar do "chumbo" do OE2022 e do contexto atual, os funcionários públicos vão ter no próximo ano uma atualização salarial de 0,9% e que a remuneração base será alinhada com o novo valor do salário mínimo nacional, a definir na Concertação Social, que deverá ser de 705 euros.
À saída das reuniões, os dirigentes sindicais consideraram a proposta do Governo insuficiente e que há margem para ir mais longe, nomeadamente na questão dos salários mais baixos da tabela remuneratória da administração pública, que acabam por ser "absorvidos" pela atualização do salário mínimo nacional.
Ou seja, se se confirmar a atualização do salário mínimo nacional para os 705 euros, significa que essa será também a base remuneratória da administração pública, face aos atuais 665 euros, um aumento de 40 euros.
Já os trabalhadores que estão na posição imediatamente a seguir da tabela remuneratória (quinta posição) terão apenas a atualização de 0,9%, o que significa que estes trabalhadores (assistentes técnicos e operacionais) terão um aumento de cerca de seis euros, de 703,13 para 709,5 euros, mais quatro euros face ao salário mínimo nacional.