O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo continua a dialogar com representantes dos setores da restauração e animação noturna, salientou medidas de apoio em curso e pediu o fim do "impasse" com empresários em greve de fome.
"Isso não corresponde à realidade, porque ainda no passado dia 18 houve uma reunião em que esteve o senhor José Gouveia", que é um dos principais representantes do chamado setor da noite - "e outra reunião já tinha acontecido em julho", reagiu.
António Costa contestou também que estes setores não estejam a ser alvo de medidas de medidas de apoio por parte do seu Governo, dizendo que esses auxílios "totalizam já 1100 milhões de euros, metade dos quais a fundo perdido".
Com o novo programa "Apoiar", de acordo com o primeiro-ministro, o Governo já recebeu 26 mil candidaturas, com os auxílios financeiros a atingirem os 750 milhões de euros a fundo perdido.
"Ouço o senhor José Gouveia dizer que quer isenção de TSU (Taxa Social Única), mas o setor da animação noturna, que não pode trabalhar por força da lei, tem a possibilidade de se manter ao abrigo do regime de lay-off simplificado - e nesse caso tem isenção total de TSU. Por outro lado, o Governo está a dialogar e continua a dialogar", defendeu.
Neste contexto, o líder do executivo referiu então que o ministro da Economia vai reunir-se hoje mesmo com as confederações representativas destes setores e os secretários de Estado do Comércio e do Turismo enviaram na terça-feira um e-mail a José Gouveia a manifestar disponibilidade para o diálogo na próxima quinta-feira".
Ou seja, para António Costa, o Governo tem as portas abertas ao diálogo e está a fazer um esforço para apoiar a realidade da economia.