"Grande vitória" em Monchique é inexistência de vítimas mortais

por RTP

O ministro da Administração Interna afirma que o incêndio de Monchique assumiu dimensão “extremamente significativa” em “condições meteorológicas particularmente adversas”. Eduardo Cabrita acrescenta que é possível “neste momento em que a estrutura operacional considera tecnicamente dominado” dizer que “a grande vitória é vítimas zero”.

“É esse o grande balanço deste incêndio”, realçou.

“A partir de hoje à tarde podemos as várias áreas do Governo passarão a trabalhar em torno do apuramento daquilo que são as consequências dos três municípios (Monchique, Silves e Portimão) destes dias de incêndio”, afirmou o ministro da Administração Interna no final de uma reunião com os elementos da Proteção Civil em Monchique.

Eduardo Cabrita não confirma se foi ativado o plano de catástrofe natural garantindo que “está ativada aquilo que é a resposta”.

“Aquilo que funcionou exemplarmente foi uma resposta preparada. Sendo que a resposta foi sempre dada em todo o país”, acrescentou.

O ministro da Administração Interna elogiou a tranquilidade dos autarcas da área abrangida pelo incêndio e avança que de seguida se vai “fazer a avaliação daquilo que são as circunstancias”.

“Há de facto, face aos riscos climáticos da Califórnia, à Suécia, à Grécia em Portugal ou em Espanha, há circunstâncias para as quais temos de estar cada vez melhor preparados”, frisou Eduardo Cabrita que considerou que a população compreendeu o facto de ter de abandonar as suas casas de “forma notável”.

O governante recorda que este se fez “imenso, mais do que nunca” na prevenção.

“Hoje, quando o incêndio ainda está a ser consolidado, a única mensagem que quero deixar é que temos de continuar a fazer mais. Temos de fazer ainda melhor. E vamos fazer por isso”, disse.

Aos jornalistas, o ministro da Administração Interna afirmou que esta tarde, quando visitar as populações afetadas pelo incêndio, lhes vai afirmar que está “muito satisfeito por estar aqui a celebrar a circunstância de estarem vivas”.

Sobre uma eventual ajuda às populações e às autarquias, Eduardo Cabrita frisa que “até hoje era o tempo do combate (…) a partir de agora será o tempo da avaliação”.

“Não vou dar aqui as conclusões do que começaremos a fazer hoje à tarde”, acrescentou.

“A todas as instituições eu queria destacar a forma exemplar como se relacionaram”.

O ministro da Administração Interna deixou ainda uma palavra de agradecimento à comunicação social pelo “papel notável na relação com as populações” e recordou que no dia em foi pedido que “fossem difundidas pela Proteção Civil avisos para a zona entre Messines, Silves e São Marcos da Serra a comunicação social respondeu imediatamente e em poucos minutos esse aviso estava colocado nas rádios e nas televisões”

“Esse é o padrão de cooperação que eu quero relembrar”.
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