Uma portaria publicada em Diário da República esclarece que a requisição civil já em curso na greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias estabelece que os militares das Forças Armadas e outros agentes da autoridade podem substituir "parcial ou totalmente" os profissionais do sector. Estão incluídas nesses serviços as operações de carga e descarga de veículos-cisterna de combustíveis líquidos, GPL e gás natural.
Na última noite o ministro Vieira da Silva deixou o aviso: as consequências de não se cumprir a requisição civil são diferentes do não cumprimento dos serviços mínimos.
O aviso por parte do ministro Vieira da silva na RTP sobre a requisição civil que mereceu críticas por parte do sindicato dos motoristas.
O ministro lembrou que este é um método que já existe há vários anos e que já foi usado mais do que uma vez. Neste momento não é a altura para aplicar qualquer alteração a esta lei.
Vieira da Silva explicou também que o Governo só quer garantir os interesses dos portugueses e explicou que esta greve está a ter consequências gravíssimas para todos.
O porta-voz dos motoristas Pedro Pardal Henriques assegurou que durante a requisição civil os profissionais não farão mais de oito horas de trabalho por dia.
O Algarve acabou por ser no dia de segunda-feira a região mais afetada mas na última noite 14 camiões, conduzidos por militares, saíram de Sines para a região algarvia para garantir o abastecimento.
Os motoristas cumprem esta terça-feira o segundo dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal ANTRAM o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).