Greves e manifestações marcam celebrações do Dia do Trabalhador

por RTP
Hugo Correia - Reuters

O Dia do Trabalhador é assinalado com algumas greves. Os trabalhadores do Comércio e Serviços marcaram uma paralisação para esta segunda-feira. Há também greves na Azores Airlines e na Sata. Mantendo a tradição, a CGTP regressa à Alameda. A UGT assinala o Dia do Trabalhador em Viana do Castelo.

Um pouco por todo o país, é dia de greves e de protestos. Os trabalhadores do Comércio e Serviços marcaram uma paralisação para esta segunda-feira. O protesto serve para reivindicar o direito a gozar o feriado do 1º de maio. Os trabalhadores do setor pedem ainda melhores condições de trabalho e o fim da precariedade.

Esta paralisação foi marcada pela Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços, afeta à CGTP, abrangendo todos os trabalhadores. Os trabalhadores do LIDL de Silves vão estar em greve, enquanto os seus colegas dos entrepostos da Marateca e de Torres Novas têm concentrações marcadas.

Para o Jumbo de Alverca e o Continente de Portimão estão previstas greves e para o Pingo Doce de Espinho e o Minipreço da baixa de Coimbra estão marcadas concentrações e desfiles.

No caso do Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços e Comércio – afeto à UGT - a greve é apenas no setor da distribuição. Há também greves previstas nos aeroportos portugueses. Os tripulantes de cabine da Azores Airlines (antiga Sata Internacional) e da Sata Air Açores dão início esta segunda-feira a uma greve de 48 horas.

Os trabalhadores acusam a companhia de incumprimento de vários pontos do acordo de empresa e de outros protocolos que foram assinados. Estão garantidos serviços mínimos em apenas três voos nestes dois dias.

Os tripulantes de cabine da Sata e da Azores Airlines têm uma nova paralisação marcada para 1 e 2 de junho. Está também marcada uma greve dos trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, com concentração e desfile pela cidade.

O protesto dos trabalhadores faz-se também nas ruas, com as habituais manifestações. A CGTP tem em Lisboa as suas principais iniciativas. As comemorações começam logo de manhã com a Corrida Internacional do 1º de Maio. À tarde realiza-se o já habitual desfile entre o Martim Moniz e a Alameda Dom Afonso Henriques.
CGTP na Alameda, UGT em Viana
A CGTP comemora ainda o 1.º de Maio com iniciativas em 40 localidades do país, que serão palco de manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas, mas o ponto alto das iniciativas serão as tradicionais manifestações de Lisboa e do Porto.

No Porto, durante a tarde, haverá um desfile pelas ruas da baixa, que terminará na Avenida dos Aliados com um comício sindical.

Neste 1.º de Maio, a central sindical defende que "é preciso intensificar a luta em cada local de trabalho, empresa e sector, desenvolver a ação reivindicativa, na defesa dos interesses de classe dos trabalhadores".

Já a UGT este ano optou por comemorar o 1.º de Maio em Viana do Castelo sob o lema "Crescimento, Emprego, Mais Justiça Social". As comemorações da Central iniciam-se com uma Marcha Solidária durante a manhã.

As intervenções político-sindicais do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, e da Presidente, Lucinda Dâmaso, estão agendadas para o início da tarde no Centro Cultural da cidade.

Ainda em Lisboa, está agendada a iniciativa PrecFest "Ninguém Fica Para Trás! Acabar com a precariedade no Estado e em todo o lado!", em que várias organizações de trabalhadores precários e de combate às discriminações se juntam e que contam, pela primeira vez, com a participação dos precários do Estado.
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