Homem condenado a 18 anos de prisão por matar octogenário em Montalegre

por Lusa

O Tribunal de Vila Real condenou hoje um homem a 18 anos de cadeia pelo homicídio qualificado de um octogenário, em Montalegre, e ainda ao pagamento de uma indemnização de 66 mil euros.

A leitura do acórdão de Floriano Pinto, de 56 anos, ficou marcada por várias interrupções, por parte do arguido, enquanto a juíza falava. No final, a magistrada afirmou que, com a sua atitude, Floriano Pinto, só confirmava a "justiça do acórdão".

O arguido foi condenado a 18 anos de cadeia pelo homicídio qualificado de um homem de 82 anos, porque a vítima lhe recusou vinho, e ao pagamento de uma indemnização de 66 mil euros. A agressão aconteceu a 17 de junho de 2016 e o idoso morreu a 22 de junho, no hospital.

O coletivo de juízes deu como provado que Floriano Pinto conhecia a vítima, que andava muitas vezes embriagado e que, naquele dia, foi a casa do idoso, forçou a entrada, desferiu um golpe contra o octogenário e este, para o afastar de casa, saiu com ele.

Depois, já junto à Segurança Social de Montalegre, o arguido "projetou por diversas vezes e violentamente" a cabeça do idoso contra o solo provocando-lhe um traumatismo craniano.

Floriano Pinto tentou ainda atear fogo ao corpo do octogenário. Ficou, por isso, com o casaco queimado e com vestígios de sangue.

A juíza salientou que a "prova foi esmagadora" e que, durante o julgamento, o arguido mentiu "com todos os dentes", considerando ainda que o crime teve "requintes de malvadez" e "motivos fúteis".

O arguido interrompeu por várias vezes a leitura do acórdão, afirmando, por exemplo, que não conhecia a vítima. A magistrada mandou-o calar, chegando a ameaçar que o mandava deter por outro crime.

O julgamento de Floriano Pinto teve apenas uma sessão, na quinta-feira da semana passada, e a entrada na sala de audiência ficou marcada por uma tentativa de agressão por parte do arguido a um repórter de imagem, tendo, inclusive, batido com as algemas na lente da câmara de filmar.

Hoje, notou-se um reforço de guardas prisionais a acompanhar o arguido.

O advogado de defesa de Floriano Pinto disse que vai agora analisar o acórdão e só depois decidirá se avança com recurso.

 

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