A greve voltou à Função Pública. A paralisação convocada pelos sindicatos afetos à CGTP começou na última noite para reivindicar o aumento dos salários, pagamento de horas extraordinárias e a reposição das 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores do Estado. Os números do sindicato apontam para uma forte adesão nos hospitais nos primeiros turnos.
No primeiro turno, a adesão à greve foi de 100 por cento nos hospitais de São José, Maternidade Alfredo da Costa e Beatriz Ângelo, sendo que ascende ainda a 98 por cento no hospital São Francisco Xavier, 70 por cento no hospital dos Capuchos e 85 por cento no hospital de Santa Maria. O Santa Maria tem mesmo o bloco operatório encerrado.
A norte, o hospital Pedro Hispano (Matosinhos) tem uma adesão de 70 por cento nos primeiros turnos, o hospital de São João 60 por cento e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa de 65 por cento. Nos restantes hospitais da região do Porto, a adesão ronda "80 a 90 por cento", afirmou Ana Avoila à Lusa.
Ainda segundo a estrutura sindical, em centros hospitalares como os de Coimbra, Aveiro, Leiria e Figueira da Foz, os dados indicam que "está tudo a 100 por cento, só com serviços mínimos".
Para Ana Avoila, da federação afeta à central CGTP, esta adesão no arranque da greve "responde às expectativas" que havia face ao "descontentamento dos trabalhadores" perante o congelamento dos salários e carreiras.
UGT não participa
A paralisação foi convocada pelos sindicatos afetos à CGTP, com a UGT a ficar de fora. A FESAP, uma das organizações afetas à UGT, considera que a greve é precipitada porque ainda há negociações a decorrer.
Apesar de não participarem nesta greve, os sindicatos ligados à UGT não descartam uma greve num futuro próximo. A União Geral dos Trabalhadores exige aumentos de 2,5 por cento nos salários dos funcionários públicos e pensões em 2018. Em cima da mesa está também o descongelamento da progressão das carreiras. Caso não aconteça, a convocação de uma greve pela UGT é uma hipótese.
A CGTP optou avançar desde já para greve, uma vez que decorrem já as negociações para a elaboração do Orçamento do Estado para 2018. O protesto foi anunciado no início de abril para reivindicar aumentos salariais e o pagamento de horas extraordinárias.
Em entrevista à RTP, Ana Avoila justificou a paralisação com o facto de não haver aumentos na Função Pública desde 2009. “O Governo já entregou em Bruxelas um Plano de Estabilidade que indica que só a partir de 2021 é que vai haver aumentos salariais”, explicou a sindicalista.
A estrutura sindical exige ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado. O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016 mas deixou de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.
A federação tem uma grande expectativa em relação à adesão dos funcionários públicos a esta greve, não apenas nos serviços onde a adesão tradicionalmente é mais significativa como a saúde e a educação, mas também em outros setores, como na cultura que teve uma greve há pouco tempo, nas finanças e nos serviços da Segurança Social.
Segunda greve de Costa
A última greve geral convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70 por cento a 80 por cento, incluindo os hospitais.
Em 18 de novembro do ano passado, os funcionários públicos manifestaram-se junto à Assembleia da República, em Lisboa, para reivindicar alterações na proposta de Orçamento do Estado 2017 para aumentar os salários do setor e descongelar as carreiras.
A manifestação foi promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, tendo sido acompanhada por pré-avisos de greve de diversos sindicatos para salvaguardar o direito dos trabalhadores a participarem no protesto.
c/ Lusa
A estrutura sindical exige ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado. O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016 mas deixou de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.
A federação tem uma grande expectativa em relação à adesão dos funcionários públicos a esta greve, não apenas nos serviços onde a adesão tradicionalmente é mais significativa como a saúde e a educação, mas também em outros setores, como na cultura que teve uma greve há pouco tempo, nas finanças e nos serviços da Segurança Social.
Segunda greve de Costa
A última greve geral convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70 por cento a 80 por cento, incluindo os hospitais.
Em 18 de novembro do ano passado, os funcionários públicos manifestaram-se junto à Assembleia da República, em Lisboa, para reivindicar alterações na proposta de Orçamento do Estado 2017 para aumentar os salários do setor e descongelar as carreiras.
A manifestação foi promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, tendo sido acompanhada por pré-avisos de greve de diversos sindicatos para salvaguardar o direito dos trabalhadores a participarem no protesto.
c/ Lusa