ICNF encerra estradas florestais pelo risco de quedas de árvores na Marinha Grande

por Lusa

Marinha Grande, Leiria, 15 out (Lusa) - O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas informou o Município da Marinha Grande de que irá encerrar algumas estradas florestais pelo risco de queda de árvores, revelou a presidente da Câmara.

"O ICNF informou o Município de que irá proceder ao encerramento de algumas estradas florestais em zonas que não foram afetadas pelo incêndio de 2017, pelo risco eminente de queda de árvores. Embora os danos públicos sejam muitos e muito variados, estimamos que os prejuízos privados sejam superiores", afirmou à agência Lusa a presidente da autarquia, Cidália Ferreira.

Segundo a autarca, o Município está, "em parceria com Comando Territorial da GNR de Leiria, Comando Distrital de Operações de Socorro, ICNF e as Juntas de Freguesia do concelho, a fazer um levantamento exaustivo de todas as situações".

O objetivo é o de "sinalizar as situações em que se poderá beneficiar de financiamentos públicos". Nesse sentido, a Câmara está em "estreita ligação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

Cidália Ferreira revelou ainda que o concelho da Marinha Grande "sofreu danos em escolas, via pública, jardins e equipamentos, para além de muitos danos em propriedade privada".

"As zonas mais afetadas foram as praias da Vieira e São Pedro de Moel, onde há estragos em telhados, coberturas e hotelaria/restauração, e o interior do pinhal, com a queda de muitas árvores. Temos também informação de que duas empresas industriais sofreram danos", informou.

Segundo a autarca, os serviços municipais, "divididos em várias equipas, estão a trabalhar para repor a normalidade em todo o concelho através da limpeza da via pública, remoção de resíduos verdes, abate e remoção de árvores, limpeza com varredora mecânica, reposição de mobiliário urbano e sinalização vertical, substituição de contentores e ecopontos, paliçadas, verificação de coberturas, substituição de instalações elétricas, reparação de muros de vedação, substituição dos vidros partidos e caixilharias, portas e portões".

"Estamos totalmente solidários com as pessoas que sofreram perdas materiais durante esta tempestade e tudo faremos para os auxiliar na procura de soluções para os problemas", rematou.

A passagem do furacão Leslie por Portugal, no sábado e domingo, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.

A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.

O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os cerca de 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No domingo à noite, a Altice Portugal revelou que cerca de 50 mil clientes da rede fixa estavam com serviços afetados, na sequência da tempestade.

Já a EDP Distribuição declarou no domingo o Estado de Emergência para o distrito de Coimbra, o mais grave previsto no seu plano de atuação, e admitiu recorrer a meios internacionais para reparar os danos causados pela tempestade tropical Leslie.

Mais de 100 mil consumidores estavam sem energia elétrica na tarde de domingo.

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