Incêndio em Vila Pouca de Aguiar mobiliza mais de 300 operacionais

por RTP
Rodrigo Antunes - Reuters

O incêndio em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, mobilizava mais de 309 operacionais, 92 meios terrestres e dez meios aéreos pelas 11h00 de quinta-feira. O fogo começou ao final da tarde de quarta-feira junto à localidade de Tresminas. Para já não há aldeias em risco.

Segundo o Comandante distrital de Vila Real, foi solicitada ao início da manhã a intervenção de dois aviões e um helicóptero para o combate da única frente ativa de três a quatro quilómetros, que arde com intensidade num local de difícil acesso. Algumas horas depois, ao final da manhã eram já dez os meios aéreos a combater as chamas no local.

De acordo com a Proteção Civil, o alerta para o fogo foi dado durante a tarde de quarta-feira. Chegou a ter três frentes ativas e foi impulsionado pelo vento forte que se fez sentir no local. Nas primeiras horas do incêndio verificaram-se rajadas de vento superiores a 60 quilómetros/hora, o que ajudou à propagação do incêndio.

Em declarações à RTP, Artur Mota, 2.º Comandante Distrital de Vila Real, sublinhou ao início da manhã que a frente ativa está num local de difícil acesso e onde existe bastante combustível disponível, fruto da situação de seca extrema que se vive atualmente naquela zona do país. A prioridade dos bombeiros é, nesta altura, evitar que o incêndio se aproxime das aldeias de Minas de Jales e Alfarela.

O fogo começou numa zona de mato e pinhal perto de Revel e aproximou-se da aldeia de Figalhosa. Às primeiras horas do incêndio, os meios aéreos ainda ajudaram no combate às chamas antes do final do dia.

“Tínhamos uma frente com muita intensidade que se repartiu em três frentes distintas. A parte mais ativa já está dominada, temos um flanco ainda um bocado ativo que está numa zona de difícil acesso”, afirmou o comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, em declarações à agência Lusa durante a madrugada desta quinta-feira.

Na quarta-feira, o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, mostrou-se preocupado com a evolução do incêndio e enfatizou que o fogo já tinha atravessado o rio Tinhela e avançava para a zona de Jales.

Este é o segundo grande incêndio no concelho de Vila Real no espaço de apenas uma semana. A 17 de julho, um outro fogo na zona de Cortinhas, em Murça, queimou cerca de 3.000 hectares de pinhal e mato, mas também vinha e pastos.

c/ Lusa
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