A provedora da Justiça adiantou ao final da manhã que o valor total pago pelo Estado aos familiares das 114 vítimas mortais nos incêndios florestais será de 31 milhões de euros. Maria Lúcia Amaral afirmou que não houve qualquer recusa de propostas de indemnização.
De acordo com Maria Lúcia Amaral, foram recebidos 301 requerimentos de familiares de vítimas mortais, tendo já respondido a 289 processos.
Os requerimentos, explicou, dizem respeito a 114 vítimas mortais, das quais 109 foram vítimas diretas dos incêndios. A maior indemnização - na ordem dos 300 mil euros - foi atribuída a alguém que "ficou sozinha", sem pais e sem familiares próximos.
A provedora da Justiça esclareceu ainda que os valores atribuídos pelas mortes estão acima da média das indemnizações pagas em Portugal, porque "o que aconteceu foi único, pela extrema violência".
O universo e os critérios para o pagamento das indemnizações aos feridos graves dos incêndios florestais ocorridos entre 17 e 24 de junho e 15 e 16 de outubro de 2017 foram definidos pelo Conselho para a Indemnização das Vítimas de Incêndios, criado por resolução do Conselho de Ministros.
Os incêndios de junho, em Pedrógão Grande, e de outubro, que deflagraram em vários concelhos da região centro, provocaram mais de uma centena de mortes e centenas de feridos, além de avultados prejuízos materiais.
C/ Lusa