Reportagem

Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

por RTP

Centenas de operacionais apoiados por dezenas de veículos e vários meios aéreos combateram esta quarta-feira as chamas que deflagraram ao início da tarde. Em Sobral do Campo, Castelo Branco, o fogo não chegou a ameaçar populações e, ao final da noite, estava praticamente controlado. Em Alijó, Vila Real, pelo menos duas pessoas ficaram feridas e a última frente ativa está muito perto da zona de Murça, onde os acessos são “inexistentes”.

Mais atualizações

23h55 – Ponto de situação

  •  O incêndio que deflagrou em Sobral do Campo, Castelo Branco, não chegou a ameaçar nenhuma localidade e ao final da noite estava praticamente controlado pelas duas centenas de operacionais no local.
  •  O incêndio em Alijó, Vila Real, foi dominado, mas as chamas que entretanto se alastraram até muito perto da zona de Murça continuam a ser combatidas por mais de 300 operacionais e uma centena de veículos.
  •  Pelo menos duas pessoas ficaram feridas no incêndio de Alijó: um civil que ficou com dez por cento do corpo queimado e um militar da GNR que partiu um braço. Houve ainda uma bombeira que se sentiu mal durante o combate às chamas e foi retirada.
  •  O forte vento foi o principal obstáculo ao combate às chamas e levou a projeções que originaram novos incêndios.
  •  Ao final da noite deflagrou um novo incêndio, desta vez numa fábrica de madeira em Arcos de Valdevez. O fogo encontra-se contido, mas não dominado

23h50 - Incêndio em Arcos de Valdevez está contido, mas não dominado

O incêndio que deflagrou numa fábrica de madeiras na zona industrial de Padreiro, Arcos de Valdevez, está contido, mas ainda não dominado, disse o primeiro comandante operacional distrital (CODIS) de Viana do Castelo, Marco Domingues.

O responsável pelo posto de comando instalado naquela zona industrial adiantou que as chamas lavram ainda "com muita intensidade" e que vão ser necessárias "algumas horas de trabalho moroso".

Marco Domingues explicou que a prioridade é a proteção dos edifícios contíguos, que não foram afetados. A fábrica de madeiras atingida apresenta "muita carga combustível" e "não há meios de combate dentro da fábrica porque não é compatível".

"De momento a própria fábrica é a única afectada. Dadas as altas temperaturas, alguns edifícios poderão sofrer danos, mas de momento está tudo salvaguardado", afirmou.

A combater as chamas estão 84 operacionais apoiados por 30 veículos, quatro dos quais plataformas de grande capacidade, tendo sido solicitado ainda reforço de meios ao distrito de Braga.


22h53 - Frentes de Alijó dominadas, Murça ainda preocupa

O comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Álvaro Ribeiro, disse hoje que o incêndio está dominado do lado de Alijó, mantendo-se como "preocupação principal" a frente que lavra do lado de Murça.

"Todo o perímetro do incêndio na área de Alijó está dominado, estão a ser feitos trabalhos de consolidação e de rescaldo, o que ainda demorará algum tempo", salientou Álvaro Ribeiro.

"A nossa preocupação principal é Murça. Estamos a tentar combater o incêndio numa frente de fogo que está na encosta, de acessos inexistentes para veículos e toda essa frente de incêndio vai ser trabalhada com ferramentas manuais e pessoal apeado", explicou Álvaro Ribeiro.

Para este fogo foram mobilizados cerca de 340 operacionais e mais de uma centena de viaturas, com grupos de reforço provenientes do Porto, Braga e Aveiro.

22h48 – Incêndio em Arcos de Valdevez

Um incêndio atingiu uma fábrica de madeira na zona industrial de Padreira, em Arcos de Valdevez. Mais de 100 operacionais combatem neste momento as chamas.

21h37 – Incêndio de Castelo Branco quase dominado mas com reacendimentos

Em Castelo Branco o vento também tem dificultado o combate às chamas, tendo levado a um reacendimento pelas 21h00.

No local já não se encontram meios aéreos, mas mantêm-se as cerca de duas centenas de operacionais.

O incêndio sempre teve apenas uma frente e não chegou a ameaçar habitações. Encontra-se agora no que aparenta ser a fase final.

21h28 – Operacionais combatem frente ativa às portas de Murça

Em Vila Real, a frente ativa que se encontra às portas da zona de Murça continua a preocupar os operacionais, apesar de as chamas já terem abrandado.

O comandante Álvaro Ribeiro adiantou que os meios terrestres estão a ser encaminhados para aquela zona, salientando, no entanto, as "dificuldades em operar por falta de acessos", porque se trata de "uma zona com declive bastante acentuado".

Existem ainda outras duas frentes de fogo ativas em Alijó, sendo que uma delas se encontra praticamente controlada.

"Temos alguns setores com cerca 90 por cento do incêndio dominado e em 10 por cento os trabalhos decorrem a bom ritmo", referiu o comandante Álvaro Ribeiro, acrescentando que o "vento tem sido bastante" e "talvez tenha sido o maior obstáculo ao combate desde a fase inicial".

20h50 – Chamas em Sobral do Campo controladas "nas próximas horas"

Mais de 200 homens apoiados por sete meios aéreos continuam a combater o incêndio próximo da localidade de Sobral do Campo, em Castelo Branco.

O comandante operacional no terreno avançou à RTP que ainda existe uma frente ativa, mas que a equipa prevê ver as chamas controladas nas próximas horas.

A prioridade, de acordo com o comandante, tem sido salvaguardar as populações e os seus bens, o que têm conseguido fazer com sucesso.

20h43 – Operacionais tentam evitar que fogo chegue a Murça

A repórter da RTP Sílvia Brandão deu conta dos desenvolvimentos da operação de combate às chamas em Alijó. Pouco depois das 20h00, o incêndio aproximava-se de Murça.

Os operacionais encontram-se estrategicamente posicionados para evitar o avanço do fogo.

A população está alarmada, especialmente devido à existência de habitações na zona próxima das chamas.

19h57 – Autarca de Castelo Branco diz que fogo não ameaça localidades

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou que o incêndio que deflagrou próximo de Sobral do Campo não ameaça nenhuma localidade, mas que uma frente do fogo piorou pouco depois das 19h00.

"Não há, felizmente, nenhuma localidade em perigo. Esperemos que se mantenha assim", afirmou, acrescentando que estão a ser feitos todos os esforços para controlar o incêndio.

No terreno, além das forças de Proteção Civil e bombeiros voluntários, estão já máquinas de rasto, algumas das quais contratadas pelo município de Castelo Branco.

Já fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Castelo Branco adiantou que o incêndio mantém-se em curso, sendo que a situação "piorou um pouco".

Às 19h32 estavam no local seis meios aéreos e 226 operacionais apoiados por 62 viaturas.

19h53 - Municípios podem ativar antigo plano de emergência

A Proteção Civil indicou hoje que os presidentes das câmaras municipais podem ativar os antigos Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil quando os da "geração mais recente" ainda não tenham sido aprovados.

"Em qualquer município, na ausência do plano de geração mais recente, vigora o anterior", esclareceu a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Segundo a ANEPC, na reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil realizada na terça-feira foram aprovados 24 Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil, em que se inclui o de Mação, que ardeu no passado sábado e enfrentou as chamas até terça-feira.

19h49 – Chamas prestes a chegar a Murça

O incêndio que começou em Alijó já se encontra muito perto da zona de Murça. Os habitantes estão preocupados com a sua segurança e a das habitações.

No local estão cerca de duas centenas de operacionais apoiados por meios terrestres e aéreos.

19h10 – Vento dificulta mas habitações deverão estar a salvo

Em Sobral do Campo, Castelo Branco, o vento continua a soprar com intensidade, o que tem feito as chamas arrastarem-se e dificultado o trabalho dos operacionais.

Os nove meios aéreos continuam no local e são, neste momento, a forma mais eficaz de evitar um agravamento do incêndio.

A área ardida é já significativa. O incêndio não deverá, porém, atingir as habitações circundantes.

19h01 - Feridos foram transportados para centro hospitalar

As duas pessoas que ficaram feridas na sequência do fogo em Alijó, um civil e um militar da GNR, foram transportadas para a unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

De acordo com o CDOS de Vila Real, uma bombeira que estava a combater as chamas "sentiu-se mal e foi retirada do teatro de operações".

A A4 continua cortada nos dois sentidos, entre os nós de Alijó e Murça, permanecendo também encerrado ao trânsito o IC5 e a EN212.

18h58 - Incêndio aproxima-se de aldeias em Alijó

O incêndio que deflagrou em Ribalonga, Alijó, está a queimar "com alguma intensidade" empurrado pelo "vento forte" que está a dificultar o combate "às diversas frentes", disse o comandante operacional distrital de Vila Real (CODIS).

Álvaro Ribeiro afirmou aos jornalistas que os meios estão a ser concentrados junto "dos aglomerados populacionais no sentido de os proteger tal como nas grandes vias como o Itinerário Complementar 5 (IC5), a Autoestrada 4 (A4) e estradas municipais".

"Há aldeias em que o incêndio se está a aproximar, contudo os meios estão no local", salientou.

Para o terreno foram mobilizados cerca de 226 operacionais, que estão a ser apoiados por 63 viaturas e cinco meios aéreos.

O forte vento está a ser o principal obstáculo ao combate às chamas e está, segundo o responsável, a "fazer projeções, originando novos incêndios".

18h47 – Mais de 200 bombeiros em Castelo Branco

Em Sobral do Campo, Castelo Branco, estão já mais de 200 bombeiros e nove aeronaves ligeiras e pesadas. O incêndio ocorre numa área onde existem habitações dispersas.

Os operacionais esperam que o caso possa ficar resolvido dentro das próximas horas.

18h35 - Operacionais e meios no local aumentam

O fogo está agora a ser combatido por 187 homens, 53 viaturas e cinco meios aéreos. As chamas, que começaram numa zona de mato, já atingiram uma área de pinhal.

18h20 - Ponto de situação

As autoridades decidiram cortar a autoestrada A4 no sentido Vila Real-Bragança em Alijó, por causa do incêndio que teve início pelas 15h00 naquele concelho. Mais de 150 bombeiros combatiam então as chamas.

A A4 foi a terceira via cortada devido ao incêndio que deflagrou em Ribalonga, concelho de Alijó, juntando-se ao IC5 e à EN212, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, citado pela Lusa.

Pelas 17h30, o incêndio estava a ser combatido por 153 homens, 43 viaturas e quatro meios aéreos.

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas, uma delas com queimaduras de primeiro e segundo grau no incêndio de Alijó, de acordo com a mesma fonte.

O ferido que sofreu queimaduras é um civil de 48 anos que ficou com dez por cento do corpo queimado; o outro é um militar da GNR que partiu o braço esquerdo.

Em Sobral do Campo, Castelo Branco, nove meios aéreos e duas centenas de operacionais estão a combater um incêndio que deflagrou pouco depois das 15h00 em povoamento florestal.