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Incêndios: Povoações de Proença-a-Nova mantêm-se em alerta

por RTP
Sérgio Azenha - Lusa

O incêndio começou no domingo, na Sertã, mas a situação agravou-se esta segunda-feira, com o fogo a alastrar para os concelhos vizinhos. Em Mação e Proença-a-Nova, múltiplas frentes aproximaram-se durante a tarde do perímetro urbano e levaram à retirada preventiva de dezenas de pessoas. Várias estradas da região foram cortadas. No combate às chamas estão quase mil bombeiros.

O pior pode já ter passado, mas as autoridades e as povoações continuam em alerta perante o avanço das chamas. A situação mais crítica durante a tarde acalmou, com as chamas a alcançarem a encosta do Cruzeiro, para lá do perímetro urbano da vila de Proença-a-Nova.

A esperada diminuição das temperaturas e os maiores níveis de humidade podem ajudar ao controlo do incêndio, mas os bombeiros permanecem com meios de combate junto das populações. Ao início da noite, era a frente junto a Vale de Água que mais concentrava as preocupações.

Este incêndio teve origem no fogo que começou no passado domingo, na Sertã, na freguesia de Mosteiro de São Tiago, e continua a ser o que motiva mais preocupações e maior mobilização de meios. Mais de 24 horas depois, são os concelhos de Proença-a-Nova e Mação os focos de maior atenção.
 
Durante a tarde de segunda-feira, várias povoações chegaram mesmo a ficar cercadas pelas chamas, com a situação a complicar-se com o vento forte e o calor intenso que se fez sentir na região.  

Ainda assim, as autoridades evacuaram preventivamente pelo menos 158 pessoas das suas casas, incluindo um lar de idosos em Mação, já no distrito de Santarém.
 
Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil, esclarece que algumas já foram autorizadas a regressar às suas casas, mas que este continua a ser o incêndio que mais preocupa os bombeiros.

As localidades de Galisteu, Vale de Água, Relva da Louça e Abrunhais viram as chamas de perto, mas nenhuma primeira habitação ardeu. O fogo consumiu sobretudo algumas casas devolutas, terrenos agrícolas e floresta.  

Às 21h00 encontravam-se no terreno 961 operacionais, ajudados por 303 viaturas e três meios aéreos. No total do território nacional, estavam em curso cinco incêndios florestais, combatidos por 1495 pperacionais, 475 veículos e seis meios aéreos, segundo a informação disponibilizada no site da Proteção Civil.  
 
O avanço das chamas levou mesmo ao corte da A23 nos dois sentidos, entre o nó de Perdigão e o nó de Sarnadas. O trânsito foi também interrompido na Estrada Nacional 3 e no IC8, onde não há circulação entre Várzea de Cavaleiros e Cardigos. As Estradas Nacionais 233 e 244 estão condicionadas.  
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